Page 38 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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Introdução
9.000 , somente na Nigéria, na epidemia de 1949 - 1951 ocorreram 107.804 casos
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com 16% de óbitos ; no Sudão Anglo-Egípcio, em 1951, foram registrados cerca
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de 52.000 casos e 7.000 óbitos por DM no Chade, de 1951 a 1952, onde se registrou
a morbidade excepcionalmente alta de 11,8 casos por 100 habitantes .
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Na América do Norte, os Estados Unidos foram atingidos por surtos em todas
as suas regiões entre 1943 a 1945 sendo que, nos primeiros dois anos epidêmicos,
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o número de óbitos totalizou 5.739 49, 40 para cerca de 35.000 casos notificados
(letalidade de 16,6%); a diminuição dos casos de DM nos anos seguintes se
acompanhou, porém, de aumento da letalidade que chegou a 26% em 1948 . Em
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1946, houve uma elevação de 10 vezes das taxas de morbidade entre os militares
em relação à população civil, justificada novamente pela desmobilização rápida
das tropas de guerra . O Canadá sofreu, em 1941, um surto de 1.465 casos com
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14% de óbitos, diminuindo progressivamente a morbidade nos anos seguintes .
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No México, ocorreu um surto de DM em 1946 (676 casos e 70 óbitos), que deve
ter sido precedido de outro maior, em 1940 (quando os óbitos atingiram a 125 e se
desconhece o número de casos ocorridos) .
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Na América Central, com base nos registros oficiais, não ocorreram
epidemias no período de pós-guerra. Nesta época, porém, as informações foram
falhas ou nulas para vários países ou territórios das Américas .
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Na América do Sul, de 1941 a 1943, ocorreu no Chile grave epidemia pelo
meningococo, e de 1945 a 1951 registra-se uma epidemia de DM no Brasil. No
Chile, a epidemia atingiu inicialmente a cidade de Valparaíso e depois Santiago,
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propagando-se, em seguida, pelo resto do País, em menores proporções .
Foram registrados cerca de 6.000 casos entre 1941- 1942, sendo a morbidade em
torno de 120 por 100.000 habitantes e a letalidade geral de aproximadamente
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16,0% , chegando a 42% em crianças menores de 4 anos . O pico máximo se
verificou em Santiago, durante o inverno, quando a morbidade atingiu a 261,6
casos por 100.000 habitantes, numa proporção de 1 caso para 300 habitantes .
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HORWITZ & PERONI (1943) e PIZZI (1944) relacionaram essa grande epidemia
(até hoje somente superada pelos surtos ocorridos na África) a fatores de ordem
climática, sendo o inverno de 1942 o mais frio dos últimos seis anos, e a condições
socioeconômicas, de uma população de maioria pobre e mal nutrida; os autores
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