Page 18 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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ligados a sua introdução e disseminação no Município, que veio a ser a tese de
                Doutorado.

                A ida de Keyla para o Rio de Janeiro em 1977, seu ingresso como docente na
                Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1978, e o engajamento nas atividades
                do Centro de Saúde da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP)-FIOCRUZ
                aonde levava os alunos de Medicina da UFRJ para contato com a realidade social
                da Saúde, aproximou-a da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ).

                Com esse evoluir, novas e desafiadoras atribuições formaram progressivamente o
                pano de fundo para as suas aulas, a Coordenação de Internato em Clínica Médica,
                Coordenação da  Residência Médica em Doenças Infecciosas  e Parasitárias,
                colaborações em pesquisa, na UFRJ.

                Nesses cenários, Keyla também mergulhou nos inúmeros dados trazidos de
                seu amplo trabalho de campo em Londrina, agora com a participação de Paulo
                Chagastelles Sabroza - ENSP em sua modelagem estatística, como Orientador do
                Doutorado, ao lado da Professora Léa Camillo-Coura - UFRJ.

                Em síntese, o conteúdo do presente livro abrangeu a epidemia de Doença
                Meningocócica (DM), associada aos sorogrupos A e C, ocorrida no Município de
                Londrina, Paraná, no período de 1973 a 1975. Seu objetivo foi pesquisar possíveis
                fatores que poderiam ter  propiciado e/ou interferido no comportamento da
                epidemia naquele Município. Ali foram estudadas, durante 36 meses, as correlações
                estatísticas entre a incidência mensal da doença com diversas variáveis: clima -
                temperatura, oscilações de temperatura, umidade relativa do ar e pluviosidade;
                socioeconômicas - renda média familiar, habitantes por domicílio, tempo de
                moradia no bairro, escolaridade, faixa etária e densidade demográfica; prevalência
                de portadores do meningococo em nasofaringe com determinação de sorogrupos
                durante o pico de incidência da doença, em agosto de 1974; e o impacto da vacina
                antimeningocócica A + C, aplicada em 80% da população, em duas campanhas.  A
                autora, ao longo do trabalho, compara amplamente seus achados com observações
                correlatas abordadas cronologicamente, com ênfase, quanto aos dados nacionais,
                à epidemia de S. Paulo, e discute com muita propriedade a interação dos fatores
                de diversas naturezas observados e avaliados no processo de eclosão, ascensão e
                controle da Doença Meningocócica epidêmica.
                Em continuidade, mal terminara o Doutorado, Keyla recebeu o convite de Sérgio
                Arouca como Presidente da FIOCRUZ, em 1985, para estruturar um hospital para
                a pesquisa em Doenças Infecciosas, hoje transformado no Instituto Nacional
                de Infectologia Evandro Chagas-INI/FIOCRUZ, o que alterou radicalmente seu



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