Page 150 - A Organização dos Serviços de Saúde em Londrina
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POSFÁCIO
com um pouco de humor. Mas não devemos esquecer que a
conquista da saúde e da democracia nunca foi fácil e muitas
vidas, carreiras profissionais e ambientes familiares foram
prejudicados, alguns de forma drástica e definitiva, tanto pela
repressão policial-militar como pelo ambiente político daqueles
anos.
Mas, voltando à pergunta – por que publicar agora, em
2013, 35 anos depois, uma dissertação que, apesar de ter sido
bem avaliada pela banca examinadora, ficou na nossa pasta de
documentos do curriculum vitae, no arquivo da biblioteca da
UerJ e nas gavetas de alguns poucos amigos? Ou seja, que
importância pode ter sua leitura em 2013, se durante todo
esse tempo ficou no esquecimento? Bem... como será visto
adiante, o trabalho não ficou propriamente no esquecimento.
Mas uma primeira razão da publicação é porque ela vem para
preencher uma lacuna. Não existem muitas publicações que
abordem aquele período de formação do movimento sanitário,
isto é, os anos da década de 1970. Com exceção das obras de
flavio Goulart , Lavras, Prieto e Contador , Maria Cecília
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Donnangelo , Sergio arouca , Gentile de Mello e algumas
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4. GOULarT, f.a.a. Municipalização: veredas. Caminhos do movimento
municipalista de saúde no Brasil. rio de Janeiro: abrasco/Conasems, 1996. 116p.
5. LaVraS, C, PrIeTO, S, CONTaDOr, V. Movimento Sanitário Brasileiro na
década de 1970: a participação das universidades e dos municípios. Memórias.
Brasília: CONaSeMS, 2007. 92p.
6. DONNaNGeLO, M.C.f. Medicina e sociedade: o Mercado de Trabalho. São
Paulo: Pioneira, 1975.
7. arOUCa, S. O dilema preventivista. Contribuição para a compreensão e crítica
da Medicina Preventiva. São Paulo: editora UNeSP; rio de Janeiro: editora
fIOCrUZ, 2003.
8. GeNTILe De MeLLO, C. Saúde e assistência médica no Brasil. São Paulo:
CeBeS-HUCITeC, 1977.
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