Page 72 - A Organização dos Serviços de Saúde em Londrina
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O TRABALHO. HISTÓRICO E DIRETRIZES
industrialização surgem dois movimentos: o movimento com
capital de origem local/regional e aquele vindo de fora (...).
Apesar das condições impróprias para enfrentar a dimensão de
empresas de porte internacional (grande número de falências
no final da década de 80), muitas empresas sobreviveram e
se consolidaram devido em grande parte ao dinamismo do
mercado regional, em especial aquelas supridoras de atividades
da construção civil. Outros gêneros industriais também se
desenvolveram, como a indústria têxtil, vestuário, material
plástico, metalurgia, mecânica, etc. (...) Atualmente, tendo
em vista inclusive a racionalidade empresarial, verifica-se (sic)
sensíveis transformações nos níveis tecnológicos da agricultura
com a utilização de maquinários modernos, fertilizantes,
eficiente esquema de comercialização, tendo seus produtos
direcionados para o consumo interno e externo” (76).
Portanto, Londrina foi o primeiro núcleo urbano a se
desenvolver no eixo rodoferroviário do Norte do Paraná.
Consequentemente, o município assumiu, desde a sua criação,
as características de centro regional, concentrando os serviços
necessários ao desenvolvimento da marcha do café. A formação
econômica de Londrina deve-se essencialmente à agricultura,
embora atualmente tenha perdido posição cedendo lugar
aos setores de transformação e prestação de serviços. Como
registram Nakagawara e Asari (55): “Quanto às localizações
das indústrias do Paraná, sobressaem-se dois eixos industriais
que, no conjunto do setor, representam mais de 67% da sua
produção industrial, situando-se o eixo Curitiba – Ponta
Grossa como o de maior densidade, com 37,3%, seguido de
Londrina – Maringá – Paranavaí, com 30,5%. No 2º. eixo, o
grupo de indústrias tradicionais apresenta-se com peso elevado,
os produtos alimentícios representam 46,2% da produção
estadual do ramo”.
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