Page 80 - A Organização dos Serviços de Saúde em Londrina
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O TRABALHO. HISTÓRICO E DIRETRIZES
Segundo Guitti (29), 1974, 69,7% das crianças menores de 7
anos da periferia de Londrina eram acometidas de desnutrição
proteico-calórica. Doenças como sarampo, diarreia, coqueluche,
pneumonia e a sua elevada frequência em crianças e adultos
em idade produtiva – em 1974, 26,1% dos óbitos ocorridos
em Londrina correspondiam a crianças com menos de 1 ano
de idade (informações obtidas junto à Diretoria Regional de
Saúde da Região Sul da FSESP) – acarretam o diagnóstico de
que Londrina não se constitui em exceção diante do quadro
nacional, tendo a maioria da sua população um precário estado
de saúde.
4.4. Organização Sanitária Local
Quanto ao sistema de serviços de saúde, apesar de o
município aglutinar grande massa de recursos de boa qualidade,
não há como distingui-lo de outras cidades brasileiras de
porte médio. No início de 1977, segundo informações oficiais
(54), existiam no município 14 hospitais com um total
de 1.291 leitos (3,8 leitos por 1.000 habitantes) sendo que
56,7% concentrados nos 5 maiores (Hospital Universitário,
Hospital Evangélico, Santa Casa, Hospital Infantil, Hospital
São Leopoldo); 4 Pronto-Socorros, 1 Centro de Saúde, 2
Ambulatórios do INPS, 5 Postos de Saúde e aproximadamente
280 médicos e 175 dentistas. Em linhas gerais, a estrutura
de prestação de serviços de saúde obedece às características
vigentes na organização sanitária nacional vistas anteriormente
e duas distorções são evidentes:
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