A alta taxa de solução de casos em atendimento clínico faz mercado valorizar o profissional que atua na Atenção Primária à Saúde. Confira reportagem publicada pelo Portal Saúde Debate, em 22 de março último, com alerta da Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade (SBMFC) de que o Brasil, que tem pouco mais de sete mil médicos atuando nesta área, precisaria de pelo menos 70 mil deles para atender toda a população de forma ideal. Confira:

O Brasil ultrapassou a marca de 500 mil médicos. Desses, segundo dados do Conselho Federal de Medicina (CFM), aproximadamente 433 mil têm pelo menos uma especialização. E algo em torno de 40% dos recém-formados optam pela residência em clínica geral, ginecologia e obstetrícia, pediatria ou cirurgia geral. Por outro lado, a Medicina da Família vem recebendo mais atenção, com amplo espaço para aumento no número deste tipo de especialista.

Segundo a Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade (SBMFC), o Brasil precisa de 70 mil médicos para atender toda a população de forma ideal. Hoje, atuam no país 7.149 médicos da família. Nos últimos dois anos houve um aumento de 30% na formação de profissionais da especialidade. Na última década, o crescimento foi de 171%.

Diretora técnica da AsQ, empresa especializada em gestão da saúde, a médica Carla Biagioni diz que nos últimos dez anos houve significativo aumento da remuneração e de estrutura em saúde para atuação deste profissional. “Há uma mudança cultural da população e dos processos de gestão centrado no médico da família. Atuamos na manutenção da saúde física e mental do paciente, reduzindo a necessidade de internação hospitalar. Esse atendimento individualizado vem mudando a dinâmica do mercado de saúde”, opina. Segundo ela, uma mudança no foco no atendimento ao paciente, com valorização da promoção da saúde e prevenção de doenças, impulsiona o segmento da Atenção Primária à Saúde, área da Medicina de Família.

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