Page 73 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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OBJETIVOS E ORGANIZAÇÃO DA PESQUISA  ·  CAPÍTULO II - Fatores socioeconômicos e doença meningocócica




                      Correlações regulares (r >0,32 e < 0,60) e significantes (p < 0,05) observaram-
                se entre os seguintes indicadores:

                      a) Renda – com lactentes (inversa), e tempo de moradia curto e longo.

                      b) Idade - 0 a 1 ano, com tempo de moradia curto e longo (inversa), renda
                      (inversa), instrução de 2º grau a superior, e habitantes por domicílio; 0 a 14
                      anos, com habitantes por domicílio.

                      c) Tempo de moradia  - curto, com lactentes, instrução de 2º grau a superior
                      (inversa) e analfabetos, e renda; longo, com lactentes (inversa), analfabetos

                      (inversa) e renda.

                      d) Grau de instrução - analfabetos, com tempo de moradia curto, e longo
                      (inversa); 2º grau a superior, com tempo de moradia curto (inversa) e
                      lactentes (inversa).

                      Correlações fracas (r < 0,32) e não significantes a nível de 5% detectaram-se

                entre os seguintes indicadores:
                      e) Densidade demográfica com todos os demais indicadores socioeconômicos.

                      f) Habitantes por domicílio com todos os indicadores socioeconômicos, a
                      exceção de idade até 14 anos.

                      As associações diretas ou inversas, que se verificaram entre os indicadores

                socioeconômicos considerados, estão dentro do esperado, à exceção de habitantes
                por domicílio e densidade demográfica, no que reforçam a validade do material e
                dos métodos utilizados em sua análise.
                      É clássica a associação direta entre renda e grau de instrução, ou faixa etária,

                e, esperada, essa forma de ligação com tempo de residência no bairro sabendo-se
                das diversas causas que dificultam ou impedem a permanência das famílias com
                baixa condição econômica num mesmo local.
                      As fracas correlações da renda com densidade demográfica e média de

                habitantes por domicílio não permitiram, por estes indicadores, diferençar setores
                ricos e pobres. Esperar-se-ia, entretanto, uma associação inversa entre nível
                econômico e tamanho da família (o que ocorreu, porém não significantemente). É
                possível que isso se deva à pequena amplitude de variação da média de habitantes




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