Page 13 - O ENSINO DA SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO MÉDICA: ESTUDO DE CASO EM TRÊS UNIVERSIDADES DO PARANÁ
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APRESENTAÇÃO
O presente trabalho objetiva estudar o ensino da Saúde Coletiva na
graduação médica, buscando apreender suas configurações e as
conseqüentes implicações nas propostas curriculares de três universidades do
Paraná (Brasil): Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade
Federal do Paraná (UFPR) e Universidade Positivo (UnicenP).
O interesse por esta temática surgiu em função do meu trabalho na
Universidade Estadual de Londrina como docente desde 1985, quando
ingressei na instituição como professor na categoria auxiliar de ensino, no
então Departamento Materno-Infantil e Saúde Comunitária (MISC). Em 1996,
assumi a Coordenação do Colegiado do Curso de Medicina da UEL, aonde
desde 1998, vem sendo implantado um currículo integrado, que se
fundamenta em metodologias ativas de ensino-aprendizagem, com destaque
para a Aprendizagem Baseada em Problemas, mais conhecida pela sigla PBL
(Problem Based Learning).
O acompanhamento dessa trajetória de mudança curricular foi
ampliando meu interesse em compreender o papel da Saúde Coletiva nos
cursos de Medicina. Motivado por essa inquietação intelectual, no ano de
2006, ingressei no programa de pós-graduação em Medicina Preventiva da
USP e, desde então, venho me concentrando no desenvolvimento da
presente pesquisa.
Como parte das exigências do Programa de Doutorado da Faculdade
de Medicina da Universidade de São Paulo, o presente estudo foi organizado
de forma a compreender as diferentes tendências da Saúde Coletiva, tomadas
tanto pela perspectiva do currículo instituído como pela vivência dos vários
agentes envolvidos: gestores, docentes e estudantes.
Ao lado do interesse em compreender as diferentes abordagens da
Saúde Coletiva, discutindo o seu papel na formação médica, o tema parece
ganhar especial relevância no atual contexto político e acadêmico brasileiro,