Page 16 - O ENSINO DA SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO MÉDICA: ESTUDO DE CASO EM TRÊS UNIVERSIDADES DO PARANÁ
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                                                             RESUMO


                            Campos  JJB de. O ensino da saúde coletiva na graduação médica: estudo
                            de caso  em  três  universidades  do Paraná.  [tese].  São  Paulo:  Faculdade  de
                            Medicina, Universidade de São Paulo; 2009. 317p.





                            Historicamente,  as  diferentes  concepções  de  Saúde  Coletiva  influenciaram
                            tanto no ensino específico deste campo do saber como na formação geral do
                            médico. Partindo deste pressuposto, o presente trabalho teve como objetivo
                            estudar  o  ensino  da  Saúde  Coletiva  na  graduação  médica,  buscando
                            apreender suas configurações e as conseqüentes implicações nas propostas
                            curriculares de três universidades  do Paraná (Brasil): Universidade Estadual
                            de Londrina (UEL), Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Universidade
                            Positivo  (UnicenP).  Constituíram-se  também em eixos  de  investigação,  além
                            das  concepções  de  Saúde  Coletiva,   a  relação  ensino-aprendizagem,  as
                            ênfases assumidas pelo programa e os vínculos com os serviços de saúde. A
                            pesquisa  qualitativa  foi  realizada  com  base  na  análise  documental  dos
                            projetos  pedagógicos  (os  cursos  instituídos)  considerando  como  eles  são
                            efetivamente  vividos,  de  acordo  com  a  ótica  dos  agentes  envolvidos.  Para
                            tanto,  foram  feitas  entrevistas  com  11  gestores,  18  professores,  e  foram
                            constituídos  4  grupos  focais  de  estudantes,  considerados  atores-chave  nos
                            três cursos de Medicina. Os resultados evidenciaram a inserção de 5% a 20%
                            da  área  de  Saúde  Coletiva  nos  currículos,  dependendo  das  estratégias  de
                            ensino, mas sempre em abordagens  acadêmicas fortemente vinculadas aos
                            serviços de saúde, uma realidade que é fortalecida pelo grau de consolidação
                            do SUS em ambas as cidades (Curitiba e Londrina). Independentemente da
                            natureza  da  universidade,  da  configuração  organizacional  e  acadêmica  do
                            curso e dos diferentes modos de inserção docente, a Saúde Coletiva se faz
                            presente  e  se  assume  com  considerável  relevância  para  a  formação
                            médica. Ainda que não se constitua um eixo articulador da graduação em dois
                            casos estudados, a área traz à dimensão técnica do saber médico o equilíbrio
                            necessário representado pela consciência  dos desafios e o compromisso com
                            a  realidade.  De  modo inverso,  em  função  da  complexidade  da  formação,  a
                            presença  maciça  da  Saúde  Coletiva  ao  longo  de  um  curso  não  garante
                            necessariamente o ideal da profissionalização médica.



                            DESCRITORES:  Currículo/tendências.  Educação  médica.  Saúde  coletiva.
                                            Educação  de  graduação  em  medicina.  Educação  superior.
                                            Pesquisa qualitativa.
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