Page 154 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
P. 154

Conclusões




                    da população, sendo nulas a mortalidade e a letalidade. Tais observações
                    parecem estar relacionadas aos aspectos socioeconômico e cultural (alimentar)
                    supondo que esses padrões entre os mesmos sejam mais elevados e/ou diversos

                    da população geral;

                 13. Os casos de DM predominaram nas áreas urbanas do Município durante a
                    epidemia, enquanto os óbitos foram mais frequentes nas zonas rurais. O autor,
                    considerando o papel da subnutrição predisponente à doença admite ser
                    aquela possivelmente mais grave entre a população pobre da zona urbana na

                    qual a infecção meningocócica seria também facilitada pela maior densidade
                    demográfica (e/ou maior mobilidade populacional?). Quanto ao predomínio
                    dos óbitos na zona rural é explicado, basicamente, pelas menores condições

                    locais de assistência médica;
                 14. Foram variáveis as taxas de morbidade, mortalidade e letalidade nos diversos

                    distritos do Município; porém, no conjunto dos distritos rurais a morbidade
                    mostrou-se mais baixa, sendo as taxas relativas aos óbitos mais elevadas;

                 15. Não houve relação demonstrável entre níveis de morbidade, mortalidade
                    e letalidade por DM nos distritos rurais e sua distância da sede urbana do
                    Município. É possível que outros fatores possam ter influenciado os resultados

                    observados, tais como intensidade de comunicação e qualidade das vias de
                    acesso secundárias à sede do Município, além de condições peculiares a cada
                    distrito rural, relativas a nível socioeconômico, de saúde e de assistência à
                    população;

                 16. Na zona urbana, os casos de DM predominaram no sexo masculino, enquanto

                    na rural quase não ocorreu diferença de frequência. Os óbitos predominaram
                    igualmente no sexo masculino, tanto na zona urbana como na rural. Essas
                    observações seriam mais seguras se expressas em coeficientes por população
                    conforme o sexo, cuja distribuição por zonas urbana e rural é desconhecida;

                 17. Não houve diferenças marcantes quanto à proporção de casos e óbitos,
                    conforme a idade, na zona urbana e rural;


                 18. A correlação entre sexo e grupo etário em todo o período estudado mostrou
                    o predomínio de casos e óbitos no sexo masculino, muito acentuado na faixa


                                                        152
   149   150   151   152   153   154   155   156   157   158   159