Page 153 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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Conclusões
6. A distribuição mensal da morbidade nos anos endêmicos foi irregular, explicada
pela irregularidade do processo das notificações, assim como a letalidade, que
não pôde ser analisada pelo mesmo motivo. A mortalidade mais ou menos
regular, teve seus índices mais altos nos meses quentes;
7. Durante a epidemia, a morbidade predominou nos meses frios. A mortalidade
tendeu a acompanhar a morbidade. A letalidade, em média, foi maior nos
meses frios, embora sua distribuição mensal em cada ano tenha apresentado
variações acentuadas, com aumentos em meses quentes e frios;
8. A morbidade, a mortalidade e a letalidade predominaram no sexo masculino,
tanto no período endêmico, como durante a epidemia;
9. No período não epidêmico, cerca de 80% dos casos e cerca de 85% dos óbitos
ocorreram entre 0 a 14 anos de idade. As taxas mais altas de morbidade e
mortalidade corresponderam aos lactentes, respectivamente, 119,54 casos e
74,71 óbitos por 100.000 habitantes. A letalidade foi mais alta nos extremos
de idade;
10. Durante a epidemia, cerca de 80% dos casos e óbitos corresponderam também
à faixa etária de 0 a 14 anos e, igualmente, foram mais atingidos os menores
de 1 ano. E também taxas mais altas de morbidade e mortalidade ocorreram
entre os lactentes, sendo muito mais elevadas respectivamente, 421,44 casos e
146,39 óbitos por 100.000 habitantes. Os índices de morbidade e mortalidade
decresceram com a idade, elevando-se novamente acima dos 40 anos. As
taxas máximas de letalidade foram de 34,7% entre os lactentes e de 22,9% nos
maiores de 40 anos, predominando nos grupos etários extremos.
11. Em períodos epidêmicos ou não, as altas taxas observadas entre lactentes e nos
mais velhos seriam explicadas pelas baixas condições de defesa imunológica;
esta, nos primeiros, ligada à desnutrição, à menor exposição prévia ao
meningococo e à eventual insuficiência, relacionada à idade, do sistema imune
e, nos últimos, à existência de doenças associadas, principalmente;
12. Tanto no período não epidêmico, como durante a epidemia, a morbidade em
pacientes de origem nipônica foi cerca de sete vezes menor que no restante
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