Page 46 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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OBJETIVOS E ORGANIZAÇÃO DA PESQUISA  ·  CAPÍTULO I - Fatores climáticos e doença meningocócica




                      A literatura frequentemente salienta a superposição do maior número
                de casos a meses frios do ano e admite a diminuição da umidade, mais do que

                sua elevação, como fator favorecedor de epidemias, sendo mais discutível neste
                sentido o papel das chuvas, e raramente aventado as oscilações de temperatura.
                No entanto, em síntese, não se dispõe de estudos mais acurados do ponto de vista

                epidemiológico-estatístico que permitam definir, com maior precisão, o papel
                do frio, ou da umidade, nem de outros elementos climáticos, na ocorrência da
                doença.
                            É o que demonstram referências específicas da literatura, desde as primeiras
                décadas do século XX, que, interessantemente, ainda nos falam, e das décadas

                seguintes, que reunimos em abordagem cronológica, sumariando as publicações
                (Item E). Que, evidentemente, na corrente das pesquisas, nos encorajaram, e
                deram a motivação e as bases para o presente estudo. Recorreremos a elas para

                Avaliação dos Resultados, ao final do Capítulo.







                      I – b.  OBTENÇÃO DOS DADOS


                      1. Caracterização climática do Município de Londrina
                      Os  dados  gerais  referentes  ao  clima  foram  obtidos  na  Secretaria  de

                Planejamento da Prefeitura do Município e no Instituto Brasileiro de Geografia e
                Estatística.
                      O Município de Londrina, pertencente ao Estado do Paraná, Região Sul do
                Brasil, situa-se no nordeste do Estado, a 576 metros de altitude, na latitude de

                23°23’30” e longitude de 51º11’30”, no Planalto Meridional Brasileiro. Apresenta,
                pela classificação de Köepen, clima do tipo Mesotérmico e Úmido (Cwa) em quase
                todo o Município  e, segundo o IBGE , clima Subquente e Superúmido com
                                  146
                                                         191
                Subseca no inverno, sendo o inverno ameno e o verão quente, tipo tropical. Seu
                clima exprime o caráter de transição entre o Tropical Quente, das latitudes baixas
                do  País,  e  o  Temperado  Mesotérmico,  das  latitudes  médias  da  região  Sul,  que
                domina grande parte da região Sudeste do Brasil, considerado um prolongamento




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