Page 42 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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INTRODUÇÃO




                se, possivelmente, um estado de tolerância imunológica. É possível que a resposta
                imune a qualquer vacina esteja relacionada a um controle genético, multifatorial e
                operando em diversos níveis dos gens estruturais isotípicos, alotípicos e idiotípicos

                de histocompatibilidade e controladores da multiplicação e diferenciação dos
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                linfócitos sensibilizados , entre outros. Por outro lado, ao que se sabe a vacina
                não elimina o meningococo da população portadora, e é discutível se diminui a
                frequência de novas aquisições  62, 100, 196 .

                      Assim, torna-se óbvio que a ocorrência de DM epidêmica se prende a
                uma associação de fatores diversos, dentro de um contexto exógeno, de ordem
                climática, socioeconômica, ou outra, e endógeno, relativo às condições biológicas
                do hospedeiro  — seu  terreno imunogenético,  suas chances de adquirir o

                meningococo ou de albergar antígeno semelhante e, possivelmente, seu estado
                nutricional, ou outras. Permanece, todavia, nebulosa a delimitação da efetividade
                de condutas preconizadas para o controle da doença epidêmica nos diferentes
                locais e, mais ainda, em sua forma endêmica.

                      Na presente investigação, nos propomos a averiguar e quantificar algumas
                das questões consideradas, motivados pela vivência de uma epidemia de DM num
                Município de porte médio do Sul do Brasil, por nós estudada em seus aspectos
                epidemiológicos gerais  188, 238, 239, 266 , da qual se segue breve relato

                      A partir do ano de 1973, instalou-se uma epidemia de DM no Município de
                Londrina, no Norte do estado do Paraná, seguinte, ou concomitante, aos processos
                epidêmicos então observados em várias regiões brasileiras. Ali, porém, os índices
                de morbidade foram muito elevados.

                      O Município contava com uma população estimada de 280.000 habitantes
                em 1974, com uma renda média anual “per capita” de 12,03 salários mínimos
                regionais e, portanto, igual ou maior aos dos Municípios mais ricos do País à
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                época . No entanto, eram também ali, grosseiramente evidentes as diversificações
                de padrões socioeconômicos, onde, à riqueza dominante na cidade, se contrapunha
                a penúria de algumas localidades urbanas e rurais.








                b. “Censo Escolar - Área Urbana de Londrina” - documento de circulação interna da Secretaria de Planejamento
                da Prefeitura do Município de Londrina, 1975.
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