Page 38 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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INTRODUÇÃO




                      De acordo com a classificação dos conteúdos dos lipopolissacarídeos das
                vesículas, os meningococos foram classificados conforme a resposta a esses
                antígenos como “imunotipos lipopolissácarides” de números 1 a 8 (MANDRELL
                & ZOLLINGER, 1977). Sendo também utilizada a proteína de membrana - “p”- e
                adicionalmente o lipopolissacarídeo “LOS” de vesícula - L - para classificação de

                sorotipo (ZOLLINGER & MANDRELL, 1977).
                      Outra proposta de classificação foi feita com base nas variantes sorológicas
                de lipooligossacarídeo (POOLMAN, 1980)
                      O sorogrupo A, considerado aparentemente invariável, quanto à proteína

                de membrana (de classe 5) foi classificado em 5 sorotipos, e com base no
                lipooligossacarídeo em 3 sorotipos adicionais “L” (ZOLLINGER E MANDRELL,
                1980).
                      Também, conforme proteínas major das classes 1, 2, 3 e 5, da cápsula do
                meningococo,  foram classificados 10 tipos PAGE ( PAGE, 1982).
                      Seguiu-se a proposta de designação de cepa, baseada no sorotipo proteico

                “p” e adicionalmente no lipopolissacarídeo “LOS” (Frash, Zollinger & Pulman,
                1985).
                      Estudos recentes, a partir de 1983, mostraram estrutura clonal de populações
                bacterianas, ou seja, populações clonais uniformes de bactérias. A análise clonal
                pode ser feita pela determinação da membrana externa (SDS-PAGE) e por

                eletroforese de isoenzimas. Discute-se a possibilidade de surtos ou epidemias
                poderem estar associados a determinados clones.
                      A confirmação etiológica direta do menigococo na clínica, de rotina, deve-se
                ao fato dessa bactéria crescer sem dificuldades em meio básico de ágar sangue,
                apresentando provas bioquímicas características. Entretanto, fora de meio
                adequado e mesmo em fluídos orgânicos sobrevivem por pouco tempo.

                      O imunodiagnóstico da DM se baseia na presença de antígenos em líquidos e
                tecidos orgânicos e/ou de anticorpos séricos. Os antígenos podem ser determinados
                através da contraimunoeletroforese. Os anticorpos são identificados por reações
                de hemaglutinação ou fixação de látex, úteis preferencialmente à detecção de
                anticorpos IgM; teste de radioimunoensaio, o mais sensível e direto; e testes

                bactericidas e de opsonização, preferenciais para determinação de estado imune.
                O teste da ação bactericida do soro, embora talvez mais sensível, restringe-se, por
                suas variações e complexidades, a laboratórios de pesquisa.


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