Page 37 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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INTRODUÇÃO










                                             A - INTRODUÇÃO




                                   DOENÇA MENINGOCÓCICA
                          EPIDÊMICA: PROPÓSITO DO ESTUDO








                      Do agente biológico

                      A Doença Meningocócica (DM) apresentada sob forma de meningite
                purulenta aguda ou de meningococcemia, foi definida por critérios clínicos e
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                anatomopatológicos desde 1805 . Seu agente etiológico, a Neisseria meningitidis,
                um coco ou diplococo gram-negativo, também chamado meningococo, foi descrito,
                em 1887, por WEICHSELBAUM, como o agente da “febre cerebroespinhal”.
                Apresenta parede celular constituída de proteínas e lipopolissacarídeos - as
                endotoxinas - envolvida por cápsula de natureza polissacarídica. As variações

                antigênicas da cápsula permitiram a identificação de diversos sorogrupos - A, B,
                C, X, Y, Z, 29E e W135 e, mais recentemente, H, I, K e L, enquanto os diversos
                antígenos subcapsulares (a maioria proteicos) levaram à identificação de sorotipos
                que podem ser comuns a vários sorogrupos.

                      Sob a cápsula do meningocco encontra-se a membrana externa de natureza
                proteica, donde se evaginam “bolhas” de conteúdo lipopolissacáride.
                      Com base nas variantes sorológicas das proteínas 2 e 3, obtidas por FRASCH,
                1972 e caracterizadas conforme seu peso molecular, presentes nos meningococos dos

                sorogrupos B e C, foram incluídos 15 sorotipos proteicos de membrana no sorogrupo
                B, ausentes porém os sorotipos 3 e 7, uma vez que, como visto depois, tratavam-se de

                antígenos minor, que cruzam com o 2 e o 8(FRASCH & CHAPMAN, 1973).
                      Outros autores também contribuíram para a classificação dos sorogrupos B e

                C, passando a se constituírem em mais de 18 sorotipos (TSAI, FRASCH & MOCCA,
                1981).


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