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INTRODUÇÃO
A - INTRODUÇÃO
DOENÇA MENINGOCÓCICA
EPIDÊMICA: PROPÓSITO DO ESTUDO
Do agente biológico
A Doença Meningocócica (DM) apresentada sob forma de meningite
purulenta aguda ou de meningococcemia, foi definida por critérios clínicos e
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anatomopatológicos desde 1805 . Seu agente etiológico, a Neisseria meningitidis,
um coco ou diplococo gram-negativo, também chamado meningococo, foi descrito,
em 1887, por WEICHSELBAUM, como o agente da “febre cerebroespinhal”.
Apresenta parede celular constituída de proteínas e lipopolissacarídeos - as
endotoxinas - envolvida por cápsula de natureza polissacarídica. As variações
antigênicas da cápsula permitiram a identificação de diversos sorogrupos - A, B,
C, X, Y, Z, 29E e W135 e, mais recentemente, H, I, K e L, enquanto os diversos
antígenos subcapsulares (a maioria proteicos) levaram à identificação de sorotipos
que podem ser comuns a vários sorogrupos.
Sob a cápsula do meningocco encontra-se a membrana externa de natureza
proteica, donde se evaginam “bolhas” de conteúdo lipopolissacáride.
Com base nas variantes sorológicas das proteínas 2 e 3, obtidas por FRASCH,
1972 e caracterizadas conforme seu peso molecular, presentes nos meningococos dos
sorogrupos B e C, foram incluídos 15 sorotipos proteicos de membrana no sorogrupo
B, ausentes porém os sorotipos 3 e 7, uma vez que, como visto depois, tratavam-se de
antígenos minor, que cruzam com o 2 e o 8(FRASCH & CHAPMAN, 1973).
Outros autores também contribuíram para a classificação dos sorogrupos B e
C, passando a se constituírem em mais de 18 sorotipos (TSAI, FRASCH & MOCCA,
1981).
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