Page 52 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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OBJETIVOS E ORGANIZAÇÃO DA PESQUISA · CAPÍTULO I - Fatores climáticos e doença meningocócica
2. Indicadores de medida de DM
São apresentados no Anexo I.1, por mês e ano, os coeficientes de morbidade,
mortalidade e letalidade por DM para a população geral e, na Tabela I.1, encontram-
se as médias dos meses de janeiro a dezembro dos anos de 1973 a 1975.
Morbidade - Os mais baixos índices médios mensais de morbidade, menos
de 6 casos por 100.000 habitantes, corresponderam aos meses de dezembro a
maio, enquanto as cifras médias mais elevadas se verificaram nos meses de junho
a novembro, com máximo em agosto e setembro, em torno de 12 casos/100.000.
O predomínio da morbidade nos segundos semestres dos anos epidêmicos
correspondeu ao comportamento esperado da DM para o hemisfério sul. Neste,
conforme salienta FREYCHE, 1951 , é invertido em relação ao hemisfério norte,
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cujos picos epidêmicos ou endêmicos se registram entre os meses de fevereiro e
abril.
A distribuição mensal dos casos, no decorrer dos anos, se assemelhou à
observada em períodos anteriores, endêmicos e epidêmicos, no Brasil — 1920-28,
em São Paulo e Rio de Janeiro, descrita por ASSUMPÇÃO ; 1945-49, no Paraná,
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estudada por CARVALHO ; 1938-58, em São Paulo, apresentada por SCHIMD &
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GALVÃO ; 1971-74, em São Paulo, referida por MORAIS, GUEDES & BARATA ,
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e 1974, no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná .
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Mortalidade - Os menores coeficientes de mortalidade média mensal -
abaixo de 1 caso por 100.000 habitantes - se verificaram nos meses de dezembro,
fevereiro, março, julho e agosto, e, os mais elevados, nos meses de janeiro, abril,
maio, junho, setembro e novembro - até 2,5 casos por 100.000 habitantes.
Letalidade - Apresentou níveis médios baixos - nos meses de março, agosto
e dezembro, mostrando-se, nos demais meses, consideravelmente alta - até 29,8%
em maio.
O leve predomínio da mortalidade no 2º semestre dos anos epidêmicos, em
média, se deu em função do comportamento da morbidade, de vez que a letalidade
variou irregularmente, durante todo o ano (Tabela I.1). Têm-se observado, em
geral, que o número relativo de óbitos diminui durante epidemias 24, 34, 143, 188 por
motivos ainda discutíveis: Menor virulência da cepa? Melhor preparação da
comunidade, resultando em diagnóstico precoce e tratamento adequado? Outros?
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