Page 55 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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OBJETIVOS E ORGANIZAÇÃO DA PESQUISA · CAPÍTULO I - Fatores climáticos e doença meningocócica
Nessa análise, surpreendeu a observação em relação à temperatura mínima
cujas correlações com morbidade e mortalidade, embora inversas, foram também
fracas e não significantes.
Quanto à associação desses indicadores da doença com diferença de
temperaturas, foram também fracas, embora com coeficientes mais altos, nível de
5%. Este fato tanto pode representar um pequeno, porém real, grau de participação
da oscilação de temperatura sobre a DM, como equivaler a uma associação
secundária, em função das correlações fortes entre si das variáveis climáticas,
umidade, temperatura e diferença de temperaturas (Tabela I.2). Optamos, por
isso, pela efetuação das correlações aparentes fixando a variável umidade mínima.
Com a variável umidade mínima controlada, verificamos - Tabela I.5 - que,
as correlações entre os coeficientes de medida de DM com temperatura mínima e
diferença de temperaturas mantiveram-se não significantes.
Podemos reiterar, assim, que não se verificaram correlações consideráveis,
nem significantes entre os indicadores de medida da DM e os climáticos, com
exceção da umidade mínima, o que está representado na Figura 1.
Do que se conhece sobre o tema, é, em geral, aceita a relação entre frequência
da DM e frio e discutida a relação com umidade do ar e chuva. No entanto, estudos
mais acurados do assunto são raros e análises estatísticas, excepcionais.
Tabela I.5 - Coeficientes de correlação parcial entre indicadores meteorológicos e de
medida da DM mensais, controlando a variável umidade mínima, do Município de
Londrina, Paraná, no janeiro de 1973 a 1975.
INDICADORES TEMP. MÁX. TEMP. MÍN. DIF. TEMP. PLUVIOSID.
MORBIDADE -0,11 -0,14 0,13 -0,01
MORTALIDADE -0,01 -0,18 0,00 -0,12
LETALIDADE 0,01 0,02 0,00 -0,02
Foi o caso de CARVALHO, 1951 , em trabalho pioneiro no Estado do Paraná,
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na década de quarenta, correlacionando casos de doença com temperatura,
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