Page 63 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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OBJETIVOS E ORGANIZAÇÃO DA PESQUISA  ·  CAPÍTULO II - Fatores socioeconômicos e doença meningocócica




                      II – b.  OBTENÇÃO DOS DADOS


                      1. Caracterização geoeconômica da cidade de Londrina
                      Com uma extensão de 605,4 km  e uma população estimada, para 1974, de
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                194.457 habitantes , a cidade de Londrina representava, então, 69,1% da população
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                do Município. Terceira cidade da Região Sul, é também o centro regional do Norte
                do Paraná onde constitui o principal distribuidor de bens e serviços, além de

                coletor e comercializador da produção agrícola, incluindo as mais desenvolvidas
                funções nos setores bancário, médico-hospitalar e cultural ; boas condições de
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                saneamento básico atendem a 90-95% da população da cidade       (283)  - Figura II.1.
                      Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, com
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                base no Censo de 1970 , sua área de influência regional é de 24.001 km  servindo
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                a uma população de 1.346.848 habitantes, relativa a 64 Municípios. Além disso,
                ressaltam-se seus numerosos relacionamentos com a região Sudeste, notadamente
                com São Paulo. Constitui, na região Norte do Paraná, o mais importante nó de

                ligação entre as cidades da região e as grandes metrópoles mais próximas, Curitiba
                e São Paulo.
                      Conforme a mesma fonte , na década de 1960, Londrina alcançou o
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                nível de urbanização mais alto do Estado do Paraná - 115,6%. Isto se deveu à
                migração interna campo-cidade associada à crise do café, que representava a

                principal economia da região. Os problemas de seu cultivo, ligados ao mercado
                internacional e às dificuldades locais por geada, esgotamento do solo e custos de
                mão de obra, incentivaram, então, as culturas diversificadas, nas quais, a mão

                de obra não especializada podia ser substituída pela mecanização.       O    apoio
                governamental dado neste sentido, ao financiar a Campanha de Erradicação dos
                Cafezais Antieconômicos, em 1963-1964, propiciou o início do ciclo algodoeiro e
                pastoril e, mais tarde, do trigo e da soja, o que liberou da agricultura cerca de 1/3
                dos trabalhadores do campo. Consequentemente, o desemprego e as migrações

                decorrentes trouxeram problemas sociais para a cidade, em que pese o aumento
                da oferta de serviços urbanos, pelo estímulo, também oficial, ao desenvolvimento
                de indústrias e setor terciário.







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