Page 109 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL

Discussão

entanto, ignoramos o local de origem dos casos notificados naquele ano, e os
dez óbitos registrados tiveram procedências diversas; a taxa de mortalidade foi
discretamente mais elevada e a letalidade menor embora ainda com níveis altos

(20,8%). Mas, também se pode supor que o número de casos de DM notificados em
1969 deva expressar, com maior rigor, o número de casos ocorridos no Município
de Londrina que teriam sido, naquele ano, eventualmente melhor controlados.
Em períodos endêmicos, a proporção de meningite por meningococo em

relação às demais meningites purulentas varia, em geral, em torno de pouco
menos de 20% a cerca de 70% 67, 73 , embora a faixa de maior frequência se situe
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entre 30 e 45% 35, 47, 52 .
Nas casuísticas brasileiras referentes à cidade de São Paulo, tem se verificado

menores proporções de meningites meningocócicas, atribuíveis a resultados falso-
negativos por problemas relativos à padronização de técnicas . Assim, nos anos
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não epidêmicos de 1928 - 1931, a proporção foi de 34,7% de positividade para a
N. meningitidis entre outras bactérias ; de 1955 a 1959 a maior frequência não
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ultrapassou 45% e, de 1960 a 1972, a proporção de isolamentos foi de somente
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15,8% .
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No entanto, de maneira geral, tem sido considerável o número de exames
liquóricos negativos na vigência de meningites não purulentas e purulentas.

Através de trabalho de correlação clínico-laboratorial PRAKASH e GHOSHRAY
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verificaram 74% de não isolamentos em 140 casos de meningites purulentas de
hospital pediátrico, mas, sendo que entre as bactérias isoladas a proporção de N.
meningitidis foi de 68%. Em São Paulo, a proporção de meningites de etiologia

indeterminada nos anos de 1928 a 1931, foi de 51,5% ; de 1955 a 1959, de 32,2% ;
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de 1953 a 1967, de 43,7% e idêntica proporção no quinquênio seguinte – de 1968
- 1972 . No Hospital Universitário de Londrina, no período de 1970 a 1972, a
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proporção de exames negativos foi de 62% em 122 casos de meningites purulentas,

sendo a positividade para meningococo de 70,2% no total de isolamentos .
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A explicação para tão expressivas proporções de meningites purulentas de
etiologia não determinada se prende também ao desconhecimento pelo clínico
das condutas indicadas ao isolamento bacteriano, desde a colheita do material

a seu encaminhamento ao laboratório, como também quanto ao uso prévio de
antibióticos. ARMENGAUD & AUVERGNAT citam que um terço dos pacientes
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