Page 119 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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Discussão
Conforme BASTIN , tal predomínio trata-se de uma noção clássica “sem que
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qualquer explicação possa ser dada”. Alguns defendem a hipótese de que o homem
adulto, mais submetido ao estresse e à fadiga muscular, seria mais propenso a
adquirir doenças, cuja instalação se admite possa ser também condicionada a
esses fatores. Sugere IVERSSON que o sexo masculino seria mais atingido por
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uma maior exposição ao contágio devido às atividades extradomiciliares mais
frequentes que ainda hoje exerce, concordando com WILSON & MILLES, 1965,
apud . Realmente, como se pode observar em estatísticas que relacionam sexo e
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idade, o predomínio do sexo masculino tem sido mais frequentemente relatado
entre adultos maiores de 15 ou de 20 anos 52, 30, 32, 68, 87 . Porém, em um levantamento
de 865 casos feito por GENDRON , no Alto Volta (1969 a 1971), isso ocorreu no
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grupo de 10 a 15 anos (77,2%), salientando em seguida o grupo de 2 a 5 anos
(60,3%). No entanto, grande parte dessas casuísticas apresentam os dados em
percentuais, sem considerar as populações por sexo e grupo etário, o que poderia
prejudicar a análise do fato, embora se admita, de maneira geral e em condições
normais, proporções semelhantes para ambos os sexos.
Os dados nacionais disponíveis, de modo geral, são concordantes, embora
JUNQUEIRA, 1914 , não tenha observado o mesmo fenômeno. No Município de
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São Paulo, conforme SCHMlD & GALVÃO , a morbidade no sexo masculino foi
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quase duas vezes maior que no sexo feminino, sem referirem os autores diferenças
quanto às fases epidêmica e não epidêmica. Predomínio muito mais acentuado foi
observado por CARVALHO , no Paraná, onde a proporção verificada foi de 75,2%
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para o sexo masculino em 210 casos de DM durante o surto de 1945 - 1949. Já
no ano pré-epidêmico de 1969, no Município de São Paulo, a ocorrência no sexo
masculino foi levemente maior, de 50,8%, enquanto na fase de epidemia tornou-se
mais evidente, 52,0% em 1970, com aumento progressivo desde 1971 - morbidade
de 7,2 no sexo masculino para 6,1 no sexo feminino, até 1974 - de 20,2 para 13,9
-, respectivamente .
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No Município de Londrina, a morbidade por DM foi mais frequente no sexo
masculino tanto no período não epidêmico (de 11,5 para 8,6) como no epidêmico
(de 87,2 para 74,5) - Figura 6 (e Tabelas 7 e 8).
Esse predomínio, ao contrário de São Paulo , esteve presente na fase
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endêmica, e, particularmente, no ano de 1970, cuja diferença acentuada,
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