Page 31 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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Introdução
1. INTRODUÇÃO
Desde o ano de 1970, quando iniciamos nossas atividades no serviço de
Doenças Transmissíveis da então Faculdade de Medicina do Norte do Paraná,
em Londrina, chamou-nos a atenção a proporção relativamente alta de casos de
doença meningocócica (DM), entre outras enfermidades atendidas. Em 1972, o
17º distrito Sanitário da Secretaria de Saúde e Bem-Estar do Estado do Paraná
(sediado em Londrina) já se preocupava com a ocorrência de pequenos surtos em
áreas rurais nas circunvizinhanças do Município de Londrina, levando seu então
chefe, Dr. Saul Brofman, a nos participar e com ele visitar as áreas mais atingidas.
Em 1973, com o nítido e crescente aumento dos casos, nos propusemos a um
estudo epidemiológico do evento. Nessa ocasião propagavam-se, em números cada
vez mais alarmantes, as notícias da epidemia de São Paulo pelo meningococo,
epidemia esta que tivera início, porém, quase dois anos antes. Quando em 1974
pudemos iniciar na prática a nossa pesquisa devido à colaboração do 17º distrito
Sanitário chefiado pelo Dr. João Dias Ayres, a epidemia da doença meningocócica
grassava no Município de Londrina e vizinhanças com um número muito elevado
de casos e óbitos. Era, portanto, de ansiedade o estado não só da população leiga,
mas também de toda a classe médica diante da moléstia, de alta letalidade e
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