Page 33 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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Introdução
a partir de diferentes fontes de registro de óbitos: atestados de óbitos, fichas de
notificação sanitária e prontuários médicos
Em torno de outros fatores relacionados à transmissão da doença, ao lado
de alguns aspectos comprovados, permanecem outros tantos hipotéticos, apesar
das inúmeras pesquisas e discussões realizadas sobre o assunto 62, 15, 29, 22, 64, 80, 59, 61,
68 . Tais aspectos, relacionados à ocorrência da DM em Londrina, serão o objetivo
de trabalho posterior (envolvendo fatores climáticos, socioeconômicos e relativos
à imunização vacinal).
Acreditamos desnecessário enfatizar que nosso trabalho esbarra não
somente em nossas próprias limitações, mas também nas dificuldades à obtenção
dos dados, principalmente de fontes públicas, desde as notificações feitas pelos
hospitais até o preenchimento dos atestados de óbitos, não padronizados,
falhos, irregulares, sem qualquer tratamento prévio, em que pesem os esforços
e iniciativas individuais de bem atender e colaborar. Acreditamos, entretanto,
ter sido válido o nosso esforço em tentar obter, teimosamente, o maior número
possível de informações para esse estudo.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DAS EPIDEMIAS
DA DOENÇA MENINGOCÓCICA (DM)
VISÃO GERAL
É possível que correspondam à DM, os vários relatos de febres
cerebroespinhais feitas por HIPÓCRATES, 400 a. C., ou SYDENHAM, em 1685,
ou PRINGLES, em 1750, e outros .
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Data, porém, de 1805 o histórico oficial da doença meningocócica através
da descrição de uma epidemia em Genebra, por VIEUSSEUX 57, 76 , tempo em que
também foi a doença definida através de critérios clínicos e anatomopatológios .
57
Somente em 1887, no entanto, seu agente causal foi descoberto por
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