Page 37 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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Introdução




                do Norte e Noruega; em 1942, em Portugal; em 1944, na Dinamarca e Espanha,
                onde os índices de morbidade (máximos de 17,2 e 4,7 por 100.000 habitantes,
                respectivamente) permaneceram relativamente elevados até 1947; em 1946, nos

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                Países Baixos (com 9 a 10 casos por 100.000 habitantes) até 1947 e na Suécia .
                Surtos localizados ou de importância relativa registraram-se, no ano de 1950, em
                alguns países como Inglaterra e Gales, Grécia, Irlanda do Norte e Noruega, com
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                incidência alta da doença mantida na Iugoslávia .
                      Na Oceania - Nova Zelândia e Austrália - a DM foi epidêmica no período
                de 1941 a 1944 quando ocorreram cerca de 6.000 e 1.600 casos, respectivamente,
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                com letalidade em torno de 15% ; em 1942, a Nova Zelândia apresentou taxas de
                mortalidade que atingiram a 55,1 casos por 100.000 habitantes entre os europeus

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                ali residentes e 84,7 casos por 100.000 habitantes entre os nativos “maoris” .
                      Na Ásia, no período pós-guerra, as notificações foram falhas ou ausentes em
                vários países . Pelos registros, a DM foi pouco frequente nesse continente, salvo em
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                alguns países onde a incidência aumentou entre 1940-1947, regredindo bastante até

                1950; no Japão, registrou-se um maior número de casos em 1945 (4.384 com 24%
                de óbitos) e depois em 1947 (3.371 casos com letalidade de 35,21%), embora com
                morbidade pouco elevada de 6,0 e 4,8 por 100.000 habitantes, respectivamente .
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                      Na África, no entanto, as epidemias vêm apresentando números alarmantes,

                a par da alta endemicidade e surtos menores. No período de 1939 a 1950
                ocorreram três grandes epidemias: em 1939 a 1940, a menos importante, atingiu
                principalmente a Costa do Marfim, o Níger e o Sudão; de 1945 a 1946, novamente
                sofreram a Costa do Marfim, o Níger e o Sudão, além do Senegal, Angola, parte

                de Camarões, Costa do Ouro, Gambia, Nigéria, Uganda e Sudão Anglo-Egípcio
                e, finalmente, entre 1948 a 1950, epidemias se desenvolveram inicialmente em
                Daomé, Costa do Ouro, Nigéria e Alto Volta, mais tarde no Níger e Togo, além
                de novos focos no Egito, Camarões, Sudão Anglo-Egípcio, atingindo também o

                Chade . Nos três últimos, ocorreu violenta recrudescência em 1951, quando a
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                Eritréia foi também atingida . No entanto, nos anos intermediários, surtos de
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                menor intensidade foram frequentes, registrando-se em vários países ou territórios
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                africanos .
                      Assim,  enquanto  para o  conjunto da  Europa,  no ano  de 1940, de alta
                incidência, o número de casos não ultrapassou 40.000 e em 1949 não foi além de


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