Page 41 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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Introdução
pelo grupo de 15 a 24 anos; este refletindo, em parte, a alta incidência em recintos
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militares .
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Na América Central, FELDMAN (apud ) refere uma epidemia em Costa
Rica, em 1971.
Na América do Sul, a partir de 1961, não foram registrados também surtos
extensos por DM até que, em meados de 1971, o Brasil foi atingido epidemicamente,
através do Município de São Paulo e diversas outras localidades 11, 52, 20, 79, 19, 18, 12, 53, 68.
De maneira geral, a moléstia parece manter sua atividade em todo mundo,
inclusive entre esquimós no Alasca, como foi descrito em 1973 , com níveis
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diferentes de intensidade, controlada por fatores ainda não bem conhecidos.
Estes, no entanto, permitem que ela ocorra em algumas regiões ou esteja quase
que ausente em outras, como é o caso da Dinamarca; neste País a notificação
obrigatória da doença meningocócica foi suprimida por não constituir ali
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problema de Saúde Pública .
EVOLUÇÃO DAS EPIDEMIAS NO BRASIL
Os dados nacionais acerca da DM, anteriores a 1972, não refletem
seguramente a proporção real dos casos da moléstia devido, principalmente, à
ausência de padronização das notificações ditas compulsórias. Até aquela data,
na Divisão Nacional de Epidemiologia, a doença meningocócica era incluída no
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grupo de meningites em geral . O aumento do número de casos verificado em São
Paulo, em 1971, motivou o controle especifico pelo Ministério da Saúde.
Segundo GODlNHO & LUTZ, apud JUNQUEIRA , a meningite
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meningocócica foi observada no Brasil pela primeira vez em fevereiro de 1906,
no Município de São Paulo, quando os autores registraram quatro casos em
estrangeiros recém-chegados à “Imigração”. A partir de então, os casos de DM
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foram observados em geral de forma esporádica , tanto em brasileiros, como em
estrangeiros na maioria alojados na Imigração; o que JUNQUEIRA classificou
como endêmico-esporádico ao se referir ao comportamento da meningite
meningocócica em São Paulo, no período de 1906 a 1913 .
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