Page 43 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
P. 43
Introdução
1944 os coeficientes registrados no País variaram de 1 a 2 óbitos por 100.000
habitantes, com exceção de Belo Horizonte onde foi mais elevado, aumentaram
consideravelmente no período seguinte, de 1945 a 1950 . Nesta fase, foram
78
observados em Niterói 14 óbitos por 100.000 habitantes, enquanto no Rio de
Janeiro e em Belo Horizonte ocorreram 4,79 e 5,49 óbitos por 100.000 habitantes,
respectivamente, conforme o Anuário de Bioestatística, apud . Possivelmente, se
78
houvessem dados bem controlados, se teria detectado com segurança não só em
São Paulo, mas em várias capitais brasileiras, a existência de surto epidêmico.
O estudo de CARVALHO feito no Estado do Paraná, abrangendo o período de
23
1930 a 1949, mostrou que, no último quinquênio, houve nítido aumento dos casos
verificado através de dados oficiais, apesar de insuficientes, conforme reconhece
o autor. Assim, de 1944 a 1949, foram registrados 267 casos e a média de óbitos
nesse período atingiu a 184, tendo sido de 3 óbitos no quinquênio anterior (1940 a
1944). Este surto atingiu principalmente os Municípios de Curitiba, Ponta Grossa,
Lapa e Londrina. Neste último, foram registrados 18 casos e 7 óbitos durante os
anos de 1945 a 1949, enquanto em Curitiba, o mais atingido, apresentou 70 casos
e 8 óbitos .
23
No período endêmico, de 1952 a 1958, no Município de São Paulo, foram
registrados 511 casos, sendo a morbidade de 2,48 por 100.000 habitantes e a
letalidade de 29% .
78
No período endêmico de 1958 a 1965 o Hospital Emílio Ribas de São Paulo
confirmou 856 casos de DM ; nos sete anos seguintes, de 1966 a 1972, o mesmo
11
Hospital verificou 2.885 casos confirmados com sensível aumento a partir de
1971 .
11
Em meados de 1971 52, 53, 68, 20, 12, 19 deflagrou-se grave epidemia por
meningococo na área metropolitana da Grande São Paulo, com 3.262 casos
registrados até meados de 1974, cuja morbidade máxima atingiu a 26,5 casos por
100.000 habitantes, em 1973.
Ao mesmo tempo, em outros locais do País, registraram-se elevações da
incidência 52, 20 , ao que parece, sem obedecer à sequência geográfica de propagação.
Assim, a partir de julho de 1972 constatou-se no Rio Grande do Sul o início de
uma epidemia com 546 casos até o final do ano, 647 confirmados no ano seguinte
e nova ascensão em 1974, no período de mais baixa temperatura .
52
41