Page 60 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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Material e métodos
f
Registramos como de origem nipônica aqueles de sobrenome(s)
japonês(es) e como não nipônica os demais indivíduos. No primeiro grupo,
portanto, foram incluídos apenas aqueles cuja filiação paterna e materna apontava
a origem japonesa.
Para cálculo dos índices relativos à origem japonesa precisávamos também
conhecer a população de origem nipônica (materna e paterna) do Município e não
somente os nascidos no Japão, cujo número nos fora fornecido pelo Censo. Para
isso procedemos às seguintes estimativas:
Estimativa 1
Foi realizado um levantamento do número anual de jovens inscritos no
Serviço de Alistamento Militar, durante o período de janeiro de 1965 a dezembro
de 1975 (classes de 1947 a 1957, respectivamente), para verificação daqueles de
origem nipônica.
A origem nipônica foi definida conforme os sobrenomes constantes na filiação
paterna e materna (Tabela 1), e assim, incluídos aqueles cujos ambos os genitores
apresentavam sobrenomes japoneses. Consideramos segura a caracterização dos
sobrenomes uma vez que contamos, para tal, com a colaboração de pessoa de
origem nipônica. Todos os alistados correspondiam a indivíduos do sexo masculino
agrupados em classes de acordo com o ano de nascimento.
f. Na Ficha original de coleta de dados do planejamento da pesquisa utilizamos o termo “origem nipônica” para
identificação de DM em indivíduos de origem japonesa porque, tradicionalmente, raça/cor constavam do Censo
IBGE. E, o estudo visando investigar a hipótese de ocorrência menor de DM nessa população poderia considerar
possíveis causas socioculturais (fator étnico) e herança genética/constitucional (fator biológico). Portanto, raça
definida como grupo biológico baseado em fenótipos, não corresponderia à nossa pretensão. Na oportunidade
atual, para evitar interpretações duvidosas, retiramos do texto o termo “raça amarela”.
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