Page 90 - O ENSINO DA SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO MÉDICA: ESTUDO DE CASO EM TRÊS UNIVERSIDADES DO PARANÁ
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Ensino, Serviço e Comunidade II — PIN2, sendo o primeiro também
transversal, com quatro semanas de duração, e o outro longitudinal, realizado
ao longo do segundo ano.
A visão que tem um professor entrevistado dos objetivos dos
Módulos de Saúde Coletiva se aproxima muito do currículo prescrito,
estabelecido no projeto pedagógico do curso:
Os objetivos fundamentais dos módulos de Saúde Coletiva do ponto
de vista da formação geral do médico. É difícil dizer o principal
objetivo, mas eu diria que o Módulo de Abrangência tem o objetivo
principal de apresentar o SUS para eles, numa primeira
aproximação do SUS. O SUS se organiza deste jeito, isto está
acoplado com o Módulo PIN1, onde o estudante tem a oportunidade
de ter alguma vivência nesta UBS no seu território. O Módulo PIN2
pretende aprofundar essa visão do SUS. Portanto, a partir das
discussões em sala de aula, ele tem oportunidade de fazer pesquisa
num território, entrar em contato com o agente comunitário de
saúde, a coordenadora da UBS, as enfermeiras e outros
profissionais da Unidade. Eu acho que é uma segunda aproximação,
onde ele vai ver quais são as possibilidades do trabalho médico
dentro da equipe de saúde de uma UBS em Londrina, que é muito
semelhante ao resto dos outros locais do Brasil, pelo menos da
Região Sul. (PUEL1)
No entanto, o que se observa pelo relato de outros
entrevistados é que nem todos pensam assim. Alguns professores
apresentam uma visão mais crítica em relação aos objetivos desses quatro
módulos.
O atual módulo PIN1 já existia antes do currículo integrado
sob a forma do Projeto Especial de Ensino — PEEPIN (Ito, 1997), e era
desenvolvido inicialmente em caráter multiprofissional, com a participação dos
estudantes dos cinco cursos lotados no Centro de Ciências da Saúde da UEL.
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