Page 154 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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OBJETIVOS E ORGANIZAÇÃO DA PESQUISA  ·  CAPÍTULO IV - Vacinação antimeningocócica e doença meningocócica




                idade das respectivas doses aplicadas, o que não pôde ser feito. O registro deste
                dado envolveria mudanças na organização da campanha e o interesse pelo mesmo

                teria que ser estabelecido oficialmente, não podendo partir de um pesquisador em
                particular.


                      2.2 Efetividade da vacina antimenigocócica na população geral

                      2.2.1 Tendência da evolução natural da epidemia de DM
                      Determinamos, para isso, as populações medianas consideradas suscetíveis

                à DM - de não protegidos pela vacina (30%), com base na eficácia calculada de
                70%, somados aos não vacinados (20%) - do período seguinte à primeira e à
                segunda campanha; essas corresponderam, respectivamente, a 126.582 e 130.704

                indivíduos. Verificamos os casos de DM notificados em cada uma daquelas fases,
                respectivamente 166 e 96 casos (Anexo IV.1), saídos, portanto, daquelas populações;
                de onde decorreram, os índices de morbidade de 16,6 e 12,2 casos/100.000,
                respectivamente - Tabela IV.3.
                      Esses índices, comparados com o coeficiente médio observado antes da

                vacinação - 9,3 casos/100.000(Tabela IV.1) - e, portanto, retirado, também, de
                população suscetível, mostram que a tendência da epidemia, isolada da ação
                vacinal, seria a de crescer 1,8 vezes mais nos últimos meses de 1974 e início de

                1975, para decair no segundo semestre deste ano, embora ainda superando, de 1,3
                vezes, a ocorrência registrada nos meses epidêmicos de junho de 1973 a agosto de
                1974, anteriores à campanha.
                      Considerando todo o período pós-vacinações, de setembro de 1974 a
                dezembro de 1975, com média de 18,7 casos mensais (Tabela IV.1) derivados

                de uma população de 127.613 indivíduos suscetíveis, resultaria, nesse grupo, a
                morbidade de 14,7 casos/100.000; portanto, 1,6 vezes mais alta que a morbidade
                observada no período pré-vacinação (de 9,3 casos/ 100.000). Portanto, a tendência

                natural da evolução da epidemia na população geral de Londrina, seria ainda ao
                crescimento.










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