Page 156 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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OBJETIVOS E ORGANIZAÇÃO DA PESQUISA  ·  CAPÍTULO IV - Vacinação antimeningocócica e doença meningocócica




                na população geral abaixo de 60%, a vacina antimeningocócica é uma contribuição
                considerável, na ausência de outro recurso, por ocasião de surtos, diante do

                número de casos que é capaz de evitar nas proporções epidêmicas. Com isso,
                embora não levando à pronta interrupção da epidemia, constituiu sem dúvida,
                um mecanismo frenador do processo, que se mostrou capaz de preservar muitas

                vidas.
                      No entanto, parece claro no presente estudo, de que não se trata de uma
                boa vacina. Para uma proteção de 70% da população geral, seria indicada uma
                cobertura de 100%, o que é mais difícil e mais dispendioso, além de que sua
                atuação, dependente da idade, é fraca nos grupos mais atingidos pela doença, e

                entre os quais, as doses de reforço talvez até diminuam a resposta imune.
                      Investigações de outros tipos de vacina devem ser estimuladas, mesmo em
                nosso meio, integrando-se pesquisa básica e aplicada como convém às nossas

                necessidades. Há muito que conhecer em relação a antígenos meningocócicos e
                aspectos correlatos, e mais, talvez, em relação à epidemiologia da DM envolvendo
                aspectos próprios de populações.




                      3. Relação entre DM e umidade relativa do ar, antes e após as
                      campanhas de vacinação antimeningocócica, e em vacinados e não
                      vacinados, no Município de Londrina


                      3.1 Correlação entre morbidade por DM e umidade relativa do
                      ar nos períodos anterior e posterior às campanhas de vacinação
                      antimeningocócica.

                      Antes das campanhas de  vacinação antimeningocócica - Tabela IV.4
                - às menores taxas mensais de umidade relativa do ar mínima, com média de

                23,3%, corresponderam os mais elevados índices de morbidade, com média de
                12 casos/100.000, e, às taxas mais altas, com média de 38,6%, corresponderam
                coeficientes menores de morbidade, com média de 5,7 casos/100.000. No período
                pós-vacinação, porém, tanto às menores como às maiores taxas de umidade, com
                médias respectivas de 23,4 e 37,2%, corresponderam índices médios de morbidade

                aproximadamente iguais, de 6,14 e 6,62 casos/100.000 respectivamente.



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