Page 161 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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OBJETIVOS E ORGANIZAÇÃO DA PESQUISA  ·  CAPÍTULO IV - Vacinação antimeningocócica e doença meningocócica




                      4.2 Correlações entre morbidade por DM, em vacinados e não vacinados,
                      e indicadores socioeconômicos

                      O total de casos de DM levantados por setor com antecedente de vacinação -
                102 pacientes - representou 52,6%, enquanto a ocorrência de DM em não vacinados

                - 84 casos - correspondeu a 43,3% das notificações - Anexo IV.7.
                      Nos vacinados, a ocorrência de DM foi de 62,1 casos/100.000, enquanto nos
                não vacinados atingiu a 204,5/ 100.000 sendo, portanto, 3,3 vezes maior.
                      A correlação entre morbidade em vacinados e não vacinados e faixa etária de
                0 a 14 anos resultou, respectivamente, significante (p < 0,05), regular e direta (r =

                0,40 e r= 0,41) - Tabela IV.7; entre o mesmo indicador de doença e renda resultou,
                nos vacinados, fraca, inversa e não significante a nível de 5% (r = -0,21) e, nos não
                vacinados, significante (p < 0,05), regular e inversa (r = 0,37) - mesma Tabela.

                      As proporções de casos observados na zona urbana, em vacinados e não
                vacinados, foram equivalentes as que se verificaram no Município; e, assim,
                enquanto no total dos setores a morbidade nos não vacinados foi 3,3 vezes maior
                (do Anexo IV.7), na população do Município foi 3,4 vezes (Tabela IV.2). Como
                consequência, proporções semelhantes se verificaram na população rural. Daí

                a deduzir-se que a distribuição da vacina, através das campanhas, foi uniforme
                nas diferentes regiões do Município, sugerindo, também, que os fatores de não
                resposta à vacina e as proporções populacionais a eles expostas foram semelhantes

                no todo urbano e rural de Londrina.
                      E, embora com a maioria dos setores mostrando menores índices de DM
                entre vacinados, o que está ligado à diminuição em geral da morbidade pela
                vacina, as diferenças de morbidade em vacinados e não vacinados observadas nos
                diversos setores foram também muito variáveis (Anexo IV.7). Isto leva a crer em

                diferenças de resposta à vacina conforme o setor, se partirmos da hipótese de que
                todos os indivíduos foram adequadamente vacinados em todos os setores.
                      Conforme o esperado, tanto em vacinados como em não vacinados, a doença

                associou-se, igualmente, a proporções de crianças dos setores.
                      Considerando,  entretanto,  a distribuição  uniforme  de vacinas, a  par  da
                mobilização geral da população pelo temor corrente da doença, era de se esperar
                que as correlações com renda não divergissem entre vacinados e não vacinados.




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