Page 158 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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OBJETIVOS E ORGANIZAÇÃO DA PESQUISA · CAPÍTULO IV - Vacinação antimeningocócica e doença meningocócica
3.2 Correlação entre morbidade por DM, em vacinados e não vacinados,
e umidade relativa do ar mínima
Verificaram-se correlações não significantes da umidade relativa do ar
mínima, seja com morbidade em vacinados, seja com não vacinados, (r = 0,17 e r=
0,16), respectivamente - Tabela IV.5.
Houve, portanto, forte associação entre DM e umidade mínima na
população geral, como determinamos no Capítulo I, por conta, porém, do período
pré-vacinações, após o qual o fator climático não interferiu e nem diferenciou
vacinados de não vacinados.
Tabela IV.5 - Coeficientes de correlação linear entre umidade relativa do ar
mínima e morbidade por DM mensais, antes e após às campanhas de vacinação
antimeningocócica em vacinados e não vacinados no Município de Londrina, Paraná,
de junho de 1973 a dezembro de 1975.
PERÍODOS ANTERIOR À VAM* POSTERIOR À VAM**
MORBIDADE Geral Geral Vacinados Não Vacinados
UMIDADE -0,68 (s) -0,05 -0,17 0,16
(s) - p < 0 ,05
* jun/73- set/74
** nov/74- dez/75
Por outro lado, vimos que, após as campanhas, houve no geral redução
do número de casos da doença. Tendo a vacinação protegido aproximadamente
60% da população, os casos relativos aos 40% restantes, espalhados por
todo o Município, que inclui o distrito Sede e oito distritos rurais, talvez não
constituíssem, então, a massa crítica suficiente para evidenciar uma associação
estatística com um fenômeno climático que para ser demonstrado requeira um
necessário número de eventos. Também, quanto à relação entre umidade e DM
em vacinados e não vacinados, o fator climático não atuou em vacinados não
protegidos (que adquiriram a doença) de forma diferente dos não vacinados,
como seria de esperar.
Também podemos admitir, independentemente da falta de massa crítica
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