Page 155 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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OBJETIVOS E ORGANIZAÇÃO DA PESQUISA · CAPÍTULO IV - Vacinação antimeningocócica e doença meningocócica
Tabela IV.3 - Morbidade esperada por DM e morbidade observada nos períodos pós-
campanhas de vacinação antimeningocócica, no Município de Londrina, Paraná, de
novembro de 1974 a dezembro de 1975.
MORBIDADE * PROTEÇÃO
PERÍODOS
ESPERADA OBSERVADA OBSERVADA
ANTERIOR ÀS
VACINAS (jun/73 a set/74) ... 9,3 ...
PÓS 1ª (nov/74 a jun/75) 16,6 7, 1 57,2 %
PÓS 2ª (jul a dez/75) 12,2 5,5 54,9 %
POSTERIOR ÀS
VACINAS (nov /74 a dez/75) 14,7 6,4 56,5 %
2.2.2 Morbidade esperada, com base na tendência calculada da
epidemia, e morbidade observada
A morbidade esperada, relativa à população considerada não imune (não
protegida pela vacina e não vacinada) para o período de novembro de 1974 a
junho de 1975 seria de 16,6 casos/100.000 - Tabela IV.3 — portanto 2,3 vezes
maior que a observada naqueles meses, de 7,1 casos/100.000. Esta relação foi
aproximadamente igual no período seguinte, de julho a dezembro de 1975 em
que a morbidade esperada, de 12,2 casos/100.000, seria 2,2 vezes maior que a
observada, de 5,5/100.000. Em todo o período pós-vacinação, a morbidade média
esperada, calculada em 14,7 casos/100.000, representou 2,3 vezes mais que a
observada, de 6,4 casos/100.000.
Deduz-se, daí, que as campanhas de imunização no Município teriam sido
responsáveis pela redução de 57,2% na ocorrência da DM, nos meses seguintes à
primeira campanha, e de 54,9%, após a segunda campanha. Englobando estes dois
períodos, concluímos que as aplicações da vacina, em cerca de 80% da população
de Londrina, se associaram à redução de 56,5% na morbidade epidêmica em
relação aos casos previstos - Tabela IV.3.
Apesar da insegurança dos resultados da imunização de lactentes e pré-
escolares, os mais atingidos pela doença, e do nível de proteção vacinal observado
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