Page 159 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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OBJETIVOS E ORGANIZAÇÃO DA PESQUISA  ·  CAPÍTULO IV - Vacinação antimeningocócica e doença meningocócica




                de indivíduos pós-vacinação, que a baixa umidade possa ter contribuído para
                desencadear os casos clínicos como uma entre outras condições favorecedoras,

                mas que, uma vez desencadeado o processo epidêmico ele se auto manteria por
                determinado tempo, agora movido por outros fatores gerados por ele. Entre estes,
                talvez, a maior disseminação do agente etiológico na comunidade, procedente de

                portadores e de doentes, capazes de infectar 6 vezes mais que portadores embora
                sendo menos importantes que estes por sua muito menor frequência (FAVAROVA
                &  GENCHIKOV  ,1966     apud  50 ).  Contudo,  como  vimos  (Capítulo  III),  ignora-se  a
                precisa relação entre portadores e casos clínicos, obviamente derivados daqueles
                ou de outros doentes, no decorrer do processo epidêmico.




                      4. Relação entre DM e indicadores socioeconômicos antes e após
                      as campanhas de vacinação antimeningocócica em vacinados e não

                      vacinados, nos setores da cidade de Londrina
                      Os resultados são apresentados no Anexo IV.6.

                      No período pré-campanhas, as morbidades variaram de 16,2 casos/100.000
                - setor 31 - a 567,7 casos/100.000 – setor 36 - sendo, na média do conjunto dos
                setores, de 143,7. No período pós-vacinação essas variações extremas foram de
                ausência de casos — setor 34, a 264,6/100.000 - setor 36, sendo a morbidade média

                do total dos setores de 86,5 casos/100.000, o que representou uma redução na
                frequência da doença de 39,8%, na cidade de Londrina.
                      Vimos que, na população geral, a queda proporcional de casos de DM pós-
                campanha foi de 31% (Tabela IV.1). Se esse nível foi mais alto na zona urbana, é

                porque houve uma redução menor da doença nas áreas rurais, mas as diferenças
                foram discretas.


                      4.1 Correlações entre indicadores de morbidade e socioeconômicos
                      antes e após as campanhas de vacinação antimeningocócica

                      Foram selecionados dos setores os indicadores “idade de 0 a 14 anos” e
                “renda familiar mensal”, por terem sido os mais representativos, estatisticamente,
                entre os socioeconômicos.

                      O cálculo do coeficiente de correlação linear entre morbidade geral e


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