Page 189 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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CONCLUSÕES
À redução do número crítico de casos e óbitos nesse período seria imputada
a não demonstração de significância estatística com umidade do ar pós-
vacinações.
14. Os índices de morbidade geral, nos setores, correlacionaram-se com
a proporção de crianças abaixo de 14 anos, tanto antes, como após as
vacinações, em vacinados e não vacinados.
Essas observações reforçam a importância da participação da faixa etária na
morbidade geral por doença meningocócica.
15. No período pós-vacinação, o nível de correlação entre morbidade e renda,
tornou-se menor, porém ainda significante na população geral, e entre os
não vacinados, e não significante entre os vacinados.
Esses dados mostram que, embora a vacinação tenha contribuído para
diminuir a ocorrência da doença na população de menor nível econômico,
os não vacinados predominaram na população mais pobre apesar da
uniformidade considerada na distribuição da vacina, porém, possivelmente,
menos buscada entre a mesma.
16. Os fatores que interferiram na ocorrência epidêmica da doença
meningocócica, numa comunidade aberta, foram múltiplos e diversificados,
representando-se pela composição etária da população, renda familiar,
umidade relativa do ar mínima e, provavelmente, nível de portador de
meningococo.
Assim, a doença epidêmica poderia deixar de ocorrer com o desenvolvimento
socioeconômico global da comunidade, aí incluída a prevenção vacinal. No
médio prazo, seria limitada por uma vigilância epidemiológica adequada,
envolvendo a capacitação profissional para o diagnóstico clínico e o
tratamento precoce, e de serviços para diagnóstico bacteriológico, com
sorogrupagem e sorotipagem de meningococo, possibilitando a aplicação
oportuna da imunização indicada, além de contribuir para o melhor
conhecimento da doença.
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