Page 187 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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CONCLUSÕES
4. Os setores da cidade de Londrina, agrupados conforme sua localização,
apresentaram, em média, queda progressiva da morbidade e mortalidade
da periferia para o centro, enquanto se elevaram, no mesmo sentido, a
faixa etária, a renda familiar, o tempo de moradia, o nível de instrução e a
densidade demográfica. A letalidade e a média de habitantes por domicílio
apresentaram distribuição irregular pelos setores.
O inquérito de portadores de meningococo em nasofaringe de 363 indivíduos
do Município, realizado próximo ao acme epidêmico, resultou em 17,4% de
positividade.
5. Não se observaram diferenças estatísticas nas taxas de portadores
conforme procedência hospitalar, urbana ou rural, sexo, antecedente de
doença meningocócica e tipo de contato com paciente.
6. O isolamento do meningococo do sorogrupo C predominou tanto em
portadores - 61,3% - como em pacientes - 78,3% - sem diferença significante,
enquanto o sorogrupo A ocorreu em 9,7% dos portadores e em 21,7% dos
pacientes, também sem diferença estatística, durante estudo no acme
epidêmico. Esses dados demonstram relação etiológica entre portador e
paciente.
7. Observaram-se diferenças significantes nas proporções de portadores
entre escolares (5 a 15 anos) - 23,7%, e adultos - 12,4%, e entre indivíduos
de origem nipônica - 12,4%, e não nipônicos - 22,4%. Neste caso, pelo
predomínio dos portadores escolares não nipônicos, de 36,1%, em relação
aos escolares nipônicos, de 8,5%.
As taxas gerais de morbidade nos grupos populacionais correspondentes
foram de 25/100.000 em escolares, 6/100.000 em adultos, 3/100.000 em
nipônicos e 13/100.000 em não nipônicos, sendo de 27/100.000 em escolares
não nipônicos e zero/100.000 em escolares nipônicos. Essas observações
sugerem relação direta entre frequência de portadores e de doentes.
8. Admitindo os portadores como possíveis amostras populacionais, a
relação paciente/portador durante período de 2 meses, no pico epidêmico,
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