Page 190 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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ABORDAGEM CRONOLÓGICA DA BIBLIOGRAFIA
E - ABORDAGEM CRONOLÓGICA DA
BIBLIOGRAFIA
Sem a pretensão de esgotar a literatura, pretendemos documentar o
conhecimento evolutivo ligado à epidemiologia da DM, para melhor delinear a
constelação de dúvidas que permeiam esse conhecimento através do tempo.
E1) CAPÍTULO I – FATORES CLIMÁTICOS
Foi durante o inverno de 1805, Gênova, Itália, que ocorreu o primeiro surto de
DM, descrito por Vieusseaux e ao que parece indubitável, conforme ROLESTON .
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Mais de um século decorrido, em 1919, ROLLESTON apresentou
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aprofundado estudo sobre a relação da moléstia com aspectos climáticos, partindo
da observação de que cerca de 80% dos casos descritos na Inglaterra e País de
Gales ocorreram nos primeiros seis meses do ano, reduzindo-se muito nos meses
de verão. Considerava-se, então, a meningite meningocócica, como “doença
de inverno”, na qual fatores meteorológicos, frio, vento, umidade, teriam uma
influência definitiva, embora indireta, levando o frio e o vento à aglomeração de
pessoas, donde decorreria aumento de portadores.
ROLLESTON, em sua revisão, citou diversos autores dos primeiros anos do
século que observaram relações climáticas com a DM, muitas vezes contraditórios.
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