Page 126 - A Organização dos Serviços de Saúde em Londrina
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O TRABALHO. DESENVOLVIMENTO E OBSTÁCULOS.
a falta de relações cordiais entre Prefeituras e Previdência Social
devido às dívidas das primeiras em relação à segunda.
Com efeito, uma análise do PPA, que em nossa região,
a exemplo da Baixada Fluminense, mereceu uma programação
especial – O PROJETO LONDRINA – (set/75/), demonstra
o crescimento acelerado dos credenciamentos e contratos com
o setor privado em comparação com a estagnação dos serviços
próprios e diminuta integração com os demais serviços de
saúde públicos.
De fato, nesses três anos de vigência do PPA, segundo
informações do próprio INAMPS (32), enquanto na área
pública foram firmados convênios (com pagamento fixo em
base de estimativa da população previdenciária coberta)
somente com as Prefeituras de Londrina (4 Postos de Saúde:
Cr$ 24.400,00 mensais) e de Assai (Hospital Municipal: Cr$
20.000,00 mensais), e na área de serviços próprios do INAMPS
houve um acréscimo de mais 14 médicos-servidores (de 30
passaram para 44, o que representa um aumento de 31,8%), na
área de serviços credenciados houve um aumento de 43,9% (de
120 médicos passou-se para 214), sem contar os 24 médicos
credenciados exclusivamente pelo “Sistema PPA” que atendem
através de guias de consulta emitidas pelos representantes do
INPS, nas respectivas localidades. Nesse período, no entanto,
e “apesar da carência de empresas médicas e mesmo de grupos
médicos organizados na região representarem dificuldades
consideráveis à celebração de convênios com empresas”, o que
permitia aos autores identificar que “deverá ser desenvolvido
intenso trabalho junto a essas organizações no sentido de
prestarem serviços médico-assistenciais a seus empregados,
objetivando desafogar a rede própria da previdência” (33),
foram formados nove convênios-Empresas, abrangendo 890
segurados e três convênios com sindicatos de trabalhadores,
abrangendo 9.367 atendimentos mensais.
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