Page 166 - O ENSINO DA SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO MÉDICA: ESTUDO DE CASO EM TRÊS UNIVERSIDADES DO PARANÁ
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Curso sobre três indicadores básicos: as condições contemporâneas de
trabalho para o recém-formado, a evolução histórica da educação médica e o
compromisso social do médico como cidadão e profissional da saúde no
contexto brasileiro.
O resultado de todo esse processo levou à formulação de um
novo Projeto Político-Pedagógico do Curso de Medicina, aprovado em 1994
pelo Conselho de Ensino e Pesquisa da UFPR, que tinha em essência a
seguinte perspectiva:
(...) O ciclo profissionalizante tem se definido como o momento em
que as matérias, até então apresentadas fragmentadas e
individualizadas como disciplinas/especialidades, sejam agrupadas
em conjuntos integrados em ambulatórios gerais, onde os
conhecimentos teóricos se mesclam com os práticos, onde as
matérias clínicas se desenvolvam simultaneamente com as
cirúrgicas, com a farmacologia e patologia clínica; onde a pediatria e
a tocoginecologia possam se desenvolver em conjunto, e onde os
aspectos psicológicos, éticos e sociais tenham seus espaços para a
formação do profissional adequado. (...) (Serafini, 1992, p.27).
A partir de então foi deflagrado outro longo processo de
implantação de reforma curricular que tinha como um dos princípios
norteadores a atuação prática em serviços e na comunidade desde o início do
curso. Tal princípio estava em sintonia com o Projeto da CINAEM, que
propunha políticas de integração com os serviços de saúde e de parceria com
o SUS o que, no novo currículo do Curso de Medicina da UFPR, se traduzia
nas Práticas de Ambulatório Geral — PAGs (CINAEM, 1992).
Mesmo tendo realizado o Teste de Progresso proposto pela
CINAEM, financiado pela Fundação Kellogg e coordenado pela ABEM em
1998, os resultados tiveram pouco impacto nos mecanismos internos de