Page 208 - O ENSINO DA SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO MÉDICA: ESTUDO DE CASO EM TRÊS UNIVERSIDADES DO PARANÁ
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                                            Historicamente,  o  Curso  de  Medicina  da  UFPR  não

                            registra uma  boa  parceria  com  a  Prefeitura  de  Curitiba.  A  Universidade

                            Federal  do  Paraná  sempre  teve  um  ritmo  próprio  de  trabalho  e  a

                            administração municipal, com múltiplos parceiros em uma cidade que, por ser


                            a  capital  do  Estado,  naturalmente  atraiu  grandes  centros  universitários

                            privados,  encontrou  mais  agilidade  e  rapidez  de  respostas em novas

                            instituições que foram se instalando no município ao longo dos anos.


                                            A  experiência  maior  da  UFPR,  é  no  desenvolvimento  de


                            projetos de extensão, inclusive de caráter multiprofissional. No ano de 2007,

                            uma das estratégias que integraram a Política de Educação para o SUS foi o

                            Projeto  de  Vivências  e  Estágios  na  Realidade  do  SUS  –  VER/SUS  (Brasil,


                            2004)  através  de  uma  articulação  com  o  segmento  estudantil  da  área  da

                            saúde, um importante projeto que está sendo desenvolvido na região do Vale

                            do Ribeira, ou seja, em município fora da região metropolitana de Curitiba.


                                            Com  a  criação  de  uma  atividade  interdepartamental  na


                            reforma  curricular  de  1994,  as  chamadas  Práticas  de  Ambulatório  Geral,

                            imaginou-se  que  os  professores  que  atuavam  no  Hospital  de  Clínicas  iriam

                            também para a Unidade de Saúde, podendo se sensibilizar pela questão do

                            médico geral comunitário em Centros de Saúde de Curitiba (Raggio e Romanó


                            Jr, 1992). Mas na prática se deu o contrário, porque os professores não foram

                            e  passaram  a  criticar  o  funcionamento  da  disciplina,  conforme  relata  um

                            professor:





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