Page 275 - AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR: UMA EXPERIÊNCIA NA EDUCAÇÃO MÉDICA
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Sistema de Acreditação de Escolas Médicas (SAEME)
                A  Associação Brasileira de  Educação  Médica (ABEM), em parceria
           com o Conselho Federal de Medicina, patrocinou a criação do SAEME. Esse
           sistema é oriundo de pesquisas educacionais que levaram à elaboração de
           um  sistema  ao  mesmo  tempo  voltado  para os  parâmetros  educacionais
           brasileiros e internacionais.
                Não há concorrência com o SINAES, na medida em que o processo é
           de acreditação e não de regulação. As escolas participantes são voluntárias.
                São analisados 80 subdomínios nas áreas de: a) gestão educacional;
           b) programa educacional;  c) corpo docente;  d) corpo discente;  e, e)
           ambiente educacional. Como esse sistema não é classificatório, não permite
           ranqueamento.
                Em 2019, o SAEME foi  acreditado  internacionalmente  pela  World
           Federation for Medical Education.


                Sistema  de  Acreditação  Regional  de  Cursos  Universitários
                Mercosul (Sistema ARCU-SUL)
                Criado em 2008, envolve a acreditação de cursos, sendo um deles o
           curso de Medicina, nos países Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia,
           Paraguai e Uruguai. Em cada país esse sistema é coordenado por um membro
           da Rede de Agências Nacionais de Acreditação (RANA), sendo que no Brasil
           a Agência Nacional de Acreditação é composta pela Comissão Nacional de
           Avaliação da Educação Superior (CONAES), Instituto Nacional de Estudos
           e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e Secretaria de Regulação
           da Educação Superior (SERES).


                Considerações Finais
                O estado atual da avaliação dos cursos de Medicina no Brasil aponta
           para a diversidade de meios avaliativos, tanto na dimensão regulatória como
           emancipadora. Podemos antever, em função do número de novos cursos de
           Medicina, uma saturação do sistema gerido pelo governo federal, colocando-
           se o desafio de encontrar novas formas de operacionalização da avaliação
           dos cursos.

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