Page 115 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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OBJETIVOS E ORGANIZAÇÃO DA PESQUISA  ·  CAPÍTULO III - Portador de meningococo e doença meningocócica




                culturas positivas de meningococo em material retirado de ambas as amídalas (44
                isolamentos) em comparação ao da nasofaringe (36 isolamentos), estudando cada

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                local (178 amostras) do mesmo paciente. SALIT & NORTON, 1981 , por sua vez,
                consideram que a N. meningitidis  está igualmente presente na naso e orofaringe
                (acima e abaixo do palato mole) e, em geral, ausente da cavidade oral.

                      A frequência observada de 17% de portadores de meningococo no Município
                                                                                      69
                de  Londrina não  está  distante  dos  resultados  de  FAUCON  e  col.   estudando
                durante 6 semanas a distribuição de portadores no acme da epidemia de Fez, na
                África; esta cidade, de porte semelhante a Londrina foi atingida, em 1966-1967,
                por epidemia de alta morbidade e, ali, a média de portadores entre 657 pessoas

                examinadas equivaleu a uma taxa em torno de 19%, comparável, portanto, ao
                grupo por nós estudado.
                      O nível verificado talvez tenha relação com a fase do processo epidêmico,

                podendo ter sido mais elevado no seu início. De acordo com dados bastante antigos,
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                de BRUNS & HOHN, 1907, relatados por HEDRICH , a taxa de portadores se
                eleva no começo de um processo epidêmico, para cair, até quase 10 vezes, após
                6 meses de epidemia. É possível que isto se deva à imunidade homóloga ou
                heteróloga, por reação cruzada, que se segue, regra geral, ao estado de portador 58,

                59  e levaria à eliminação das bactérias da nasofaringe. Entretanto, pelo menos em
                populações fechadas, têm-se visto que maior número de casos de doença ocorre
                inicialmente, quando o nível de portadores ainda não atingiu o seu máximo; uma

                vez atingido, tenderia a diminuir a frequência da enfermidade  38, 63 . Há referências
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                sobre prevalência de portadores adultos, em regiões sob surto, entre 1% a 100% ,
                variando, provavelmente, com o grau de aglomeração das populações, fechadas ou
                abertas. Nestas, a frequência observada em períodos epidêmicos tem sido menor    19,
                23, 248  do que em grupos fechados na ausência de doença 23, 104 . Proporções entre 0 a

                40% têm-se verificado em períodos endêmicos    121, 150 , ou interepidêmicos 67, 167 .















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