Page 110 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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OBJETIVOS E ORGANIZAÇÃO DA PESQUISA  ·  CAPÍTULO III - Portador de meningococo e doença meningocócica




                      III – b.  OBTENÇÃO DOS DADOS


                      1. Material de nasofaringe de indivíduos sãos para diagnóstico de

                      portador de meningococo
                      De 25 de setembro a 03 de outubro de 1974, colhemos amostras de material

                de nasofaringe para diagnóstico de portador e de sangue venoso para sorologia
                de  N. meningitidis  entre funcionários  do Hospital  Universitário de Londrina e
                habitantes da zona urbana e rural do Município - adultos e escolares - subdivididos
                em grupos de origem nipônica e não nipônica.

                      No momento da coleta, foi preenchida uma ficha (anexo III.1) em que se
                incluíam os seguintes dados: nome, idade; sexo; raça; endereço; antecedentes
                de DM; contato com DM, especificando a época - até há 15 dias, 6 meses, 12
                meses e há mais de 12 meses, e o tipo - familiar, escolar, vizinho, eventual e

                hospitalar; e  conhecimento da existência de casos na vizinhança. A ficha previu
                também informação sobre número de cômodos e de habitantes por domicílio;
                no entanto, tivemos que abrir mão destes dados para simplificação do trabalho,
                a ter que ser feito em tempo exíguo, correspondente à semana de pré-vacinação

                antimeningocócica e aos dias concomitantes à aplicação da vacina.
                      Nos dias da campanha, aproveitamos o deslocamento da população rural
                aos postos de vacinação, localizados nos vilarejos ou nas sedes dos distritos rurais,
                onde assim reunida, era dividida em grupos aproximadamente iguais de adultos

                e crianças, de origem nipônica e não nipônica; daqueles que concordavam, eram
                colhidos secreção de nasofaringe por suabe, e sangue, antes de receberem a vacina.
                      Na semana pré-campanha efetuamos a coleta de material de voluntários:
                no  Hospital  Universitário,  que  constituiu  o  grupo  hospitalar;  no  campus da

                Universidade, onde estudantes e funcionários formaram o conjunto de adultos
                urbanos; e nas escolas públicas, cujos alunos compuseram o contingente urbano
                de crianças. Em cada um desses grupos foi também separado o conjunto de
                indivíduos  de origem  nipônica,  correspondendo  a  número  mais  ou menos

                equivalente ao de não nipônicos, como foi feito na população rural.
                      A quantidade de componentes de cada subgrupo variou entre 30 e 51 pessoas,
                não representando, portanto, uma amostra das respectivas populações, mas




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