Page 120 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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OBJETIVOS E ORGANIZAÇÃO DA PESQUISA  ·  CAPÍTULO III - Portador de meningococo e doença meningocócica




                      3. Distribuição dos portadores de meningococo e outras neisserias

                      3.1 Procedência - Tabela III.1

                      3.1.1 Hospitalar

                      Entre 79 indivíduos exercendo diversas atividades no Hospital Universitário
                de Londrina, encontramos 13 - 16,5% - com N. meningitidis.
                      A frequência do diagnóstico de outras neisserias foi de 27,9%.


                      3.1.2 Urbana

                      De 160 pessoas pertencentes à população urbana da cidade de Londrina
                (excluída a hospitalar), 25 - 15,6% - eram portadores de meningococo.
                      O achado de outras neisserias restringiu-se a 1,9% dessa população.


                      3.1.3 Rural

                      Dos 124 indivíduos procedentes de áreas rurais do Município, a  N.
                meningitidis foi diagnosticada em material de nasofaringe em 25 deles - 20,2%.

                      Outras neisserias corresponderam a 4,0% dos isolamentos.
                      Não houve diferença significante na prevalência de portadores de
                meningococo em relação à procedência hospitalar, urbana e rural.
                      Ocorreu predomínio significante da frequência de Neisseria sp na população
                hospitalar (p < 0,05).

                      Considerando a ocorrência da DM na população hospitalar, houve um único
                caso de meningite meningocócica nos três anos epidêmicos (de um estudante de
                medicina) e a incidência da doença na zona rural em relação à urbana, foi mais

                baixa no ano de 1974  188  (em que se efetuou o estudo de portadores).
                      Investigando somente os portadores hospitalares, VASCONCELOS e col. ,
                                                                                                194
                durante epidemia meningocócica em São Paulo no ano de 1975, encontraram taxa
                bem menor no Hospital das Clínicas - 8,2%. Contudo, a epidemia naquela cidade
                se achava, àquela altura, no curso de seu 4º ano, enquanto em Londrina evoluía no

                2º ano, o que poderia justificar a diferença verificada se admitirmos a possibilidade
                de que, após um aumento inicial, ocorra a estabilização do nível de portadores 63, 150 .
                A taxa geral que observamos, de 17,3%, coincide, precisamente, com a verificada

                por ARTENSTEIN & ELLIS  em inquérito hospitalar entre indivíduos com e sem
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