Page 231 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
P. 231

ABORDAGEM CRONOLÓGICA DA BIBLIOGRAFIA




                      E - 4. CAPÍTULO IV - VACINAÇÃO ANTIMENINGOCÓCICA


                      Há quase um século, DAVIS, 1905, observou que o soro humano normal é
                bactericida para o meningococo, conforme refere FLEXNER, 1907 .
                                                                                    1
                      FLEXNER, a seguir, 1907 , 1908 , 1916 , estudou a atuação da soroterapia
                                                        3
                                                               5
                                                 2
                específica, preparada em cavalo a partir da inoculação do  Diplococcus intra
                cellularis, relatando redução considerável da letalidade; esta, que em 18 surtos, à
                época, se mostrara entre 42,5 e 90%, decaiu, com o uso do soro, a taxas entre 25
                e 45,5%.
                      SOPHIAN, 1912, partindo da noção antiga de que certo grau de

                imunidade se desenvolve após a doença meningocócica, empregou a vacinação
                antimeningocócica no Texas, Estados Unidos, durante uma epidemia, segundo
                relata BLACKFAN . Seus resultados, inconclusivos, foram atribuídos à aplicação
                                   9
                irregular da vacina (constituída por milhões de meningococos inativados pelo
                calor), da qual era preconizada uma série.

                      HEIST, G; SOLIS-COHEN & MEIER, 1918 , considerando que seria muito
                                                                  6
                promissor um teste capaz de avaliar a atuação de uma vacina, determinaram a
                atividade bactericida do sangue humano e de animais de laboratório contra o

                pneumococo, com especificidade de sorotipo, estabelecendo também a técnica
                desta determinação, que serviu de base a outros experimentos em relação ao
                meningococo.
                      Os mesmos autores, 1922   apud 59 , estabeleceram ainda que o sangue de mais de
                95% de adultos normais era bactericida para cepas de meningococos, procedentes

                de portadores, e que a DM ocorria entre os poucos cujo sangue não tinha essa
                propriedade.
                      ROLLESTON, 1919 , relatou várias experiências de vacinação consideradas
                                          8
                bem sucedidas. Assim é que HALL, em Kansas City, vacinou 280 comunicantes
                familiares de DM e nenhum adoeceu. GREENWOOD, durante a I Guerra, vacinou
                4.000 homens com dose inicial de 250 a 300 milhões de meningococos, aplicando
                a segunda dose após uma semana, de 1 milhão de bactérias, e nenhum contraiu
                meningite. GATES vacinou 2.700 soldados usando dois tipos de meningococo em

                doses progressivas de 2 milhões a 8 milhões de bactérias; as reações observadas
                à vacina foram em geral leves, sendo raras as graves, que simulavam meningite,



                                                        229
   226   227   228   229   230   231   232   233   234   235   236