Page 232 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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ABORDAGEM CRONOLÓGICA DA BIBLIOGRAFIA




                mas de apenas horas de duração; três casos de doença, entre os vacinados, foram
                associados ao uso da vacina durante o período provável de incubação; demonstrou

                também,  aglutininas  específicas  no  soro. AASER vacinou 1.200  soldados com
                2 doses de 300 milhões de microorganismos e nenhum adoeceu. WHITMORE,
                usando lipovacina polivalente em 55 homens - 2 doses de, respectivamente, 40

                bilhões e 80 bilhões de bactérias - observou formação de aglutinação contra 3
                cepas.
                      Em continuação às tentativas de imunização, ZRUNEK & FEIERABEND,
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                em 1926-1927, segundo BELANCIONI , vacinaram com 3 doses sucessivas, de 2,
                4 e mais de 4 milhões de bactérias, inativadas pelo calor, 21.280 recrutas do exército

                tchecoslovaco, utilizando 19.684 como controles. Resultou, respectivamente, a
                ocorrência de 5 e 6 casos de DM em cada um dos grupos e, portanto, ausência de
                diferença significativa.

                      SILVERTHORNE E FRASER, 1934           apud 16 , demonstraram a existência de
                atividade bacteriana do soro humano contra o meningococo, que muitos adultos
                apresentavam; em duas crianças, porém, durante a instalação da meningite, pouca
                ou nenhuma atividade bactericida detectou-se em seu soro, que foi evidenciada a
                seguir, após sua recuperação.

                      Os mesmos autores, 1935  e 1936 , afirmavam que “o princípio bactericida
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                estava presente no soro ou plasma e necessitava da presença do complemento para
                atuar”, que havia especificidade desse poder bactericida contra meningococos,

                capazes de induzir à mesma resposta no sangue de cobaias imunizadas com cepas
                virulentas isoladas de líquor de doentes. E, ainda, que amostra de sangue de 5
                portadores de meningococo, estudadas inicialmente, foram bactericidas às cepas
                de líquor, assim como às cepas isoladas da nasofaringe dos mesmos portadores.
                Daí, determinaram que os portadores, pela presença mantida do meningococo

                em sua nasofaringe, desenvolvem atividade bactericida no soro a suas respectivas
                cepas, avirulentas ou virulentas (letais a um camundongo, na suspensão de maior
                diluição: teste da mucina-camundongo, MILLER, 1933),e apresentam poder

                bactericida contra algumas cepas virulentas de líquor.
                      KUHNS, 1936 , aplicou, por via intradérmica, filtrados de meningococos
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                contendo toxina solúvel em 395 indivíduos, observando proteção contra a DM




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