Page 239 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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ABORDAGEM CRONOLÓGICA DA BIBLIOGRAFIA
ascendente da epidemia; 3- escolher a área, que não precisa ser grande, mas deve
ser densamente povoada e com acesso possível a todos os pontos; 4- aplicar a
vacina em parte da população (30%) pareada com placebo (30%) e o restante
(40%) com placebo sem outros controles (a imunização da maioria da população -
60% -, se efetuada, pode interromper a evolução natural da epidemia e dificultar a
avaliação da vacina); 5- fixar em até 6 dias a duração da campanha; 6- controlar os
resultados pela comparação do número da casos em vacinados e não vacinados.
Comentou que a determinação da soroconversão e de portadores
apresenta dificuldades práticas, com resultados questionáveis, e que o controle
da ocorrência de casos deve ser severo, incluindo confirmação diagnóstica
e sorotipagem. Considerou ainda que a DM epidêmica deixa um resíduo de
imunidade, demonstrado pelo fato de que não reaparecerá no ano seguinte de
forma epidêmica, no mesmo local.
GOLD & WYLE, 1970 apud 136 , demonstraram que proteínas predominantes
na membrana externa de N. meningitidis induzem à produção de anticorpos
bactericidas específicos, permitindo a classificação em sorotipos.
GOLD & ARTENSTEIN, 1971 , investigaram a vacina do sorogrupo C em
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recrutas americanos, aplicando-a em 14.482 indivíduos dentro de alguns dias de
seu ingresso, para 60.172 controles, seguidos por 8 semanas; ocorreram 36 casos
de DM todos por sorogrupo C, mas somente 1 em vacinados, o que equivaleu
a proteção de 86%. Não ocorreram efeitos adversos significativos à vacina. Foi
observado, porém, um aumento na proporção de portadores de outras cepas de
meningococo após a imunização, em vista do que, admitiram os autores, a vacina
monovalente em larga escala poderia levar à emergência de outros sorogrupos
causadores de DM, como se deu com a vacina de adenovírus.
ARTEINSTEIN e col., 1971 , estudaram a vacina do sorogrupo A em
80
voluntários. Quanto à sua inocuidade, não verificaram reações sistêmicas em 91
adultos vacinados e nem alterações laboratoriais - EAS e hemograma - em 42
examinados, sem diferenças em relação às doses, de 10, 50 e 100 µg. Quanto à
resposta sorológica, houve 50% de falha com a dose de 10 µg em 2 semanas (14 de
33 vacinados) e 15% com a dose de 50 µg em 6 semanas (5 de 33 vacinados), sem
melhor resposta com 100 µg; assim, os resultados, com 50 µg, foram próximos
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aos obtidos com o sorogrupo C, na mesma dose . Em relação a estado de
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