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ABORDAGEM CRONOLÓGICA DA BIBLIOGRAFIA




                vacinados, nem em controles; a seguir, aplicada em mais de 160.000 indivíduos de
                áreas residenciais superpopulosas e com predomínio de crianças de 6 a 12 anos,

                nenhum caso ocorreu entre vacinados, enquanto 10 casos (7 com confirmação
                diagnóstica) se registraram nos controles, que receberam toxoide tetânico; não se
                observaram efeitos colaterais imediatos, mesmo em grávidas, ou lactentes (2.285

                crianças).
                       MONTO,  BRANDT  &  ARTENSTEIN,  1973 , estudaram  a resposta
                                                                       108
                antigênica a doses variáveis de polissacáride A e C, aplicadas de forma aleatória,
                em crianças de 2 a 6 anos, deficientes mentais, incluindo doses de reforço após 8
                meses.

                      As doses do sorogrupo C foram de 5, 25, 50, 100 e 250µg para um grupo de 100
                crianças, cujos títulos, antes da vacinação, não diferiram significativamente entre
                si; mas após, mostraram-se diretamente proporcionais às doses, sem diferenças,

                porém, entre as de 100 e 250µg. Entretanto, os níveis de resposta, mesmo às doses
                mais altas, foram mais baixos do que os obtidos em adultos imunizados com 50µg.
                Quanto mais baixa a idade (2 a 3 anos), menores foram os níveis de anticorpos
                observados. À revacinação, o número de crianças que respondeu sorologicamente
                decaiu, ligeira e progressivamente, conforme o aumento das doses.

                      Ao sorogrupo A, todas as 49 crianças, recebendo 5, 25 ou 100µg de
                polissacáride,  apresentaram aumento significante no título de anticorpos, sem
                diferenças em relação a doses.

                      Não houve reações de toxidade. As dosagens sorológicas foram feitas através
                das  técnicas  de  hemaglutinação  e  radioimunoensaio,  mostrando-se  esta  muito
                mais sensível.
                      De sua experiência, os autores questionam se a dose mais adequada a
                crianças de 2 a 6 anos não seria a de 100µg, considerando a proporcionalidade

                observada entre dose e efeito e se a resposta ao reforço não poderia ser obtida
                antes do 8º mês após a dose inicial.
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                      WENZEL e col., 1973 , estudaram a antigenicidade da vacina polissacarídica
                C, aplicando-a intranasalmente - 0,5 ml com 50µg e 1 ml com 200µg - em 3
                grupos de 20 marinheiros com cultura inicial de nasofaringe negativa, títulos
                baixos de anticorpos hemaglutinantes (≤ 2) e sem nenhum antecedente de alergia,




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