Page 247 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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ABORDAGEM CRONOLÓGICA DA BIBLIOGRAFIA
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GRIFISS e col., 1974 , estudando DM de repetição apresentaram um caso
de recorrência - 2 episódios em 2 meses - de meningite por sorogrupo B; obtiveram,
nas duas ocasiões, o isolamento e a tipificação das bactérias, inibidas pela mesma
concentração de sulfa, e a elevação de anticorpos bactericidas. Assinalaram que,
dos 4 casos reconhecidos anteriormente de ataques secundários, 3 foram pelo
sorogrupo B. Levantaram as seguintes hipóteses para explicar a recorrência:
persistência de foco sequestrado em trama da duramater, representado por
variante deficiente de parede celular incapaz de induzir à produção de anticorpos
no líquor; defeito imune incompleto; mudança da configuração antigênica da
bactéria.
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ARTENSTEIN & col., 1974 , vacinaram com polissacáride C mais de
300.000 adultos em treinamento militar durante um período de 20 meses entre
1970 e 1971, com objetivo de avaliar aumento significante de doença por outros
sorogrupos em vacinados. Verificaram que isso não ocorreu e que a vacina pareceu
interromper surto de DM pelo sorogrupo C.
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TRAMONT & col., 1974 , investigando resposta imune, concluíram que
os principais antígenos envolvidos na reação bactericida do soro parecem ser
proteínas de superfície e lipopolissacarídeos, verificando reação cruzada desses
antígenos com N. gonorrhoeae. Todavia, na infecção humana por esta bactéria,
não há evidências de que os anticorpos bactericidas sejam protetores, como ocorre
com a infecção meningocócica. A retirada da proteína do antissoro apenas levava
à diminuição do poder bactericida do soro, o qual era completamente removido
quando se retirava proteína e lipopolissacarídeo.
GRIFISS, 1975 , demonstrou que IgA não induz à reação bactericida do
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soro, uma vez que o complemento C não se liga a seu componente F , e ainda
c
bloqueia a lise imune por IgM e IgG porque compete com estas imunoglobulinas
em sua ligação com o antígeno.
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ARTENSTEIN & BRANDT, 1975 , sugeriram que pequenas quantidades
de polissacáride meningocócico induzem a um estado imunológico de
hiporreatividade no homem. Indivíduos que receberam vacina polissacarídica do
sorogrupo A contendo traços do polissacáride C, ao serem revacinados após 2
semanas com 50µg do antígeno C, mostraram significante depressão da resposta
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