Page 252 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
P. 252
ABORDAGEM CRONOLÓGICA DA BIBLIOGRAFIA
de anticorpos hemaglutinantes antimeningocócicos em relação aos controles, o
mesmo não ocorrendo em relação à resposta ao toxoide tetânico.
Os autores admitiram que a insuficiência de resposta imune observada mais
provavelmente seja de origem genética, conforme demonstrou WHISNANT em
1971 na suscetibilidade ao H. influenzae tipo b, mas questionaram onde e como
ocorreria esse defeito nos diversos suscetíveis, a serem identificados e protegidos
preventivamente.
159
GREENWOOD e col., 1976 , estudaram a resposta imune relativa ao
complemento de 211 pacientes com DM e verificaram maiores níveis de C ,
3
assim como de todos os componentes dosados do complemento, principalmente
properdina e fator B. Entre os 198 casos com meningite (acompanhados de choque
em apenas 2 casos), menores níveis de complemento corresponderam somente
aos 35 casos em que se demonstrou antígeno de meningococo circulante, em
comparação aos 163 casos sem antigenemia. Em 13 pacientes que desenvolveram
artrite, o líquido sinovial não mostrou diferença significante nos níveis de C , C
4
3
e fator B, estudados em relação a artrites de outras etiologias; no entanto, 8 dos
que apresentaram artrite ou vasculite tiveram uma diminuição transitória de C
3
no soro.
Os autores consideraram que o complemento nas meningococcemias, à
semelhança do que ocorre nos choques sépticos por gram-negativos, seja ativado
por endotoxinas e imunocomplexos formados com os antígenos capsulares
circulantes. Não explicaram, entretanto, o não consumo do complemento entre os
casos sem meningococcemia e que cursam, ao contrário, com níveis aumentados,
admitindo talvez ser preciso um nível crítico inicial de ativação do complemento
capaz de desencadear a liberação de aminas vasoativas e ativar o sistema de
coagulação.
168
WEIBEL e col., 1976 , compararam as vacinas do sorogrupo A e C contendo
50µg de cada antígeno utilizados de forma monovalente ou combinada, em 3 grupos
de 25 ou 26 adultos dos Estados Unidos e 3 grupos de 15 adultos procedentes
da Costa Rica. Verificaram que quase todos os americanos responderam com
elevações de 4 vezes ou mais no título de anticorpos, enquanto somente cerca
de 80% dos costarriquenhos tiveram semelhante resposta. Não houve diferença
250