Page 256 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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ABORDAGEM CRONOLÓGICA DA BIBLIOGRAFIA




                foi mais elevado entre os vacinados com polissacáride meningocócico, a cada ano
                de idade. No entanto, os anticorpos naturais ao meningococo C foram incomuns
                entre lactentes, mas, aumentando lentamente com a idade, corresponderam a

                54% das crianças aos 5 anos; quanto aos anticorpos naturais ao H. influenzae b,
                observados em 83% dos lactentes, atingiram a 100% aos 5 anos, atribuindo-se a
                possíveis antígenos de reação cruzada que seriam mais frequentes do que com o
                meningococo C.

                      CARVALHO  e  col.,  1977 ,  verificaram,  pela  técnica  de  hemaglutinação
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                passiva, reação imune à vacina antimeningocócica A e C em 21 grávidas do 2º
                ao 9º mês, presença de anticorpos em seus recém-nascidos, assim como resposta
                sorológica aos mesmos antígenos aplicados em 29 lactentes menores de 6 meses.

                Verificaram que, entre as grávidas, 9 (43%) apresentaram inicialmente anticorpos
                ao sorogrupo C e tiveram conversão sorológica após a vacinação e 1 (5%), sem
                anticorpos prévios ao sorogrupo A, assim permaneceu depois de vacinada. A
                transferência passiva de seus anticorpos aos recém-nascidos foi irregular - detectada

                em 7 (33%) e 14 (67%) crianças para os sorogrupos A e C, respectivamente, nas
                quais permaneceu por 2 a 5 meses - e a presença dos anticorpos da mãe não
                garantiu sua passagem ao recém-nato. Dos 29 lactentes vacinados - 28 com menos
                de 3 meses - apenas 1 (3%), de 6 meses de idade, apresentou soroconversão.

                      GOLD e cols., 1977 , estudaram a resposta imune aos polissacárides
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                meningocócicos A e C em lactentes vacinando-os aos 3, 7 e 12 meses, observando
                os efeitos adversos, determinando a resposta à imunização primária e ao reforço
                de cada vacina em diferentes idades e usando doses de 5 a 200µg do antígeno,

                sendo a resposta sorológica medida pela técnica de radioimunoensaio.
                      Verificaram que não ocorreram reações adversas valorizáveis, locais ou
                sistêmicas, em 1.500 doses aplicadas a 500 lactentes.
                      A vacina do sorogrupo A, feita aos 3 meses, não provocou soroconversão,

                talvez pela presença de anticorpos passivos anti-A, mas aos 7 e aos 12 meses
                houve resposta significante à imunização primária (níveis médios de anticorpos
                de 0,39 e 0,84µg/ml, respectivamente); contudo, nessa faixa, o nível de anticorpos
                equivaleu ainda a 1/30 do observado em adultos. As doses de reforço, feitas aos

                7 meses ou aos 12 meses, seguidas à primovacinação aos 3 meses, mostraram
                significante elevação de anticorpos, diferentemente dos reforços efetuados aos 24


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